Andava pelos corredores da Unb angustiado, sua cabeça fervilhava, zilhões de pensamentos e dúvidas. Em cada face feminina tentava enxergar o rosto da moça, andava muito inquieto. Agora isso vinha refletindo em sua rotina, não prestava atenção na aula, vivia mergulhado na inércia. Abria todos os dias o bendito Icq e nada, nenhuma mensagem, isso o entristecia.
Parou em frente ao espelho e viu seus olhos tristes e fundos, não entendia como alguém que não o conhecia tinha tanta influência assim na sua vida. Nunca ninguém havia se preocupado com ele, sentiu-se importante e ao mesmo tempo acuado. Imaginou que poderia ser algum trote, afinal era comum os nerds da escola serem zoados.
Em seus 19 anos de vida não havia desobedecido a mãe, entrado em qualquer confusão. Nunca havia se arriscado e pensou que essa seria a chance de quebrar a rotina. Encheu-se de coragem e destemido sentou-se em frente ao computador. Imaginou versos e poesias para escrever, mas como não a conhecia resolveu apenas cumprimentá-la.
“Moça quero ver o seu sorriso, posso?”
Quando viu já havia enviado. Será que se precipitou demais? Não havia mais jeito de voltar. Esperou por algumas horas e nada de resposta, infelizmente dessa vez ela não estava offline. Desligou o computador e foi dar uma volta na rua, quando abriu a porta teve uma grande surpresa: havia uma rosa salmon e um bilhete que dizia:
“Verás o meu sorriso domingo no Teatro Nacional, sala Villa-Lobos às 20:30″.
Não acreditou no que acabara de ler. Inacreditável, exclamou! Nunca havia recebido um bilhete, ou qualquer coisa com tanta significância. Tremia de emoção, não sabia o que fazer, gritou para explodir toda a emoção que estava aprisionada no peito. Pensou: será um encontro? Meu Deus eu tenho um encontro!
A ansiedade tomou conta de sua vida durante todo o resto da semana, todo o dia pensava na tal moça misteriosa e em seu “encontro”. Ouviu comentários que haveria uma apresentação de um musical, então dois dias antes do combinado recebeu por correio o convite, melhor lugar. Alugou então uma roupa de gala, apesar de se achar muito careta, mas o pai havia avisado que lá estariam as pessoas mais baladas e ricas de Brasília a nata da sociedade. Arrumou-se comprou um buquê de rosas salmon e dirigiu-se ao local.
Chegando ao local sentiu-se deslocado. Sentou-se e ficou esperando sinal de vida da moça, imaginava que em algum momento ela sentiria ao seu lado. Esperou, esperou e quando de repente uma senhora e um rapaz sentaram ao seu lado, ficou triste e imaginou que havia sido esquecido. Levantou-se para ir embora, mas hesitou, pois as luzes desligaram. O espetáculo iria começar!
As cortinas abriram-se e de repente alguns jovens entraram encenando a peça Romeu e Julieta. Eles cantavam e emocionavam o público que não se continham e ia às lágrimas. Ele nunca havia visto algo tão belo em toda a sua vida, nunca havia visto uma moça tão bela também, parecia um anjo, uma santa. Ela segurava uma rosa salmon em sua mão direita enquanto cantava e em um momento de interação com o público ela jogou a rosa em sua direção.
Arregalou os olhos e não pode acreditar. Estava sonhando, pensou.
Enquanto ela cantava, ele viajava em doces devaneios. A voz tão angelical, parecia niná-lo. A cada ato seu coração anseiava pelo encontro, quando estaria frente a frente.
Ao fim da peça, enquanto todos a rodeavam cumprimentando-a pela bela atuação, ele observava de longe. E os olhos da moça fitavam-no com receio e ao mesmo tempo desejo. Desejo de falar com ele, de apresentar-se.
Finalmente ele decidiu aproximar-se e ela não pode dizer outra coisa a não ser:
“Beije-me!”
O primeiro beijo de suas vidas. O que ele havia guardado para a mulher de sua vida.
Apaixonou-se pela santidade da moça, pelo jeito recatado de ser e pelo sorriso envergonhado que lhe falava milhões de desejos.
Parou em frente ao espelho e viu seus olhos tristes e fundos, não entendia como alguém que não o conhecia tinha tanta influência assim na sua vida. Nunca ninguém havia se preocupado com ele, sentiu-se importante e ao mesmo tempo acuado. Imaginou que poderia ser algum trote, afinal era comum os nerds da escola serem zoados.
Em seus 19 anos de vida não havia desobedecido a mãe, entrado em qualquer confusão. Nunca havia se arriscado e pensou que essa seria a chance de quebrar a rotina. Encheu-se de coragem e destemido sentou-se em frente ao computador. Imaginou versos e poesias para escrever, mas como não a conhecia resolveu apenas cumprimentá-la.
“Moça quero ver o seu sorriso, posso?”
Quando viu já havia enviado. Será que se precipitou demais? Não havia mais jeito de voltar. Esperou por algumas horas e nada de resposta, infelizmente dessa vez ela não estava offline. Desligou o computador e foi dar uma volta na rua, quando abriu a porta teve uma grande surpresa: havia uma rosa salmon e um bilhete que dizia:
“Verás o meu sorriso domingo no Teatro Nacional, sala Villa-Lobos às 20:30″.
Não acreditou no que acabara de ler. Inacreditável, exclamou! Nunca havia recebido um bilhete, ou qualquer coisa com tanta significância. Tremia de emoção, não sabia o que fazer, gritou para explodir toda a emoção que estava aprisionada no peito. Pensou: será um encontro? Meu Deus eu tenho um encontro!
A ansiedade tomou conta de sua vida durante todo o resto da semana, todo o dia pensava na tal moça misteriosa e em seu “encontro”. Ouviu comentários que haveria uma apresentação de um musical, então dois dias antes do combinado recebeu por correio o convite, melhor lugar. Alugou então uma roupa de gala, apesar de se achar muito careta, mas o pai havia avisado que lá estariam as pessoas mais baladas e ricas de Brasília a nata da sociedade. Arrumou-se comprou um buquê de rosas salmon e dirigiu-se ao local.
Chegando ao local sentiu-se deslocado. Sentou-se e ficou esperando sinal de vida da moça, imaginava que em algum momento ela sentiria ao seu lado. Esperou, esperou e quando de repente uma senhora e um rapaz sentaram ao seu lado, ficou triste e imaginou que havia sido esquecido. Levantou-se para ir embora, mas hesitou, pois as luzes desligaram. O espetáculo iria começar!
As cortinas abriram-se e de repente alguns jovens entraram encenando a peça Romeu e Julieta. Eles cantavam e emocionavam o público que não se continham e ia às lágrimas. Ele nunca havia visto algo tão belo em toda a sua vida, nunca havia visto uma moça tão bela também, parecia um anjo, uma santa. Ela segurava uma rosa salmon em sua mão direita enquanto cantava e em um momento de interação com o público ela jogou a rosa em sua direção.
Arregalou os olhos e não pode acreditar. Estava sonhando, pensou.
Enquanto ela cantava, ele viajava em doces devaneios. A voz tão angelical, parecia niná-lo. A cada ato seu coração anseiava pelo encontro, quando estaria frente a frente.
Ao fim da peça, enquanto todos a rodeavam cumprimentando-a pela bela atuação, ele observava de longe. E os olhos da moça fitavam-no com receio e ao mesmo tempo desejo. Desejo de falar com ele, de apresentar-se.
Finalmente ele decidiu aproximar-se e ela não pode dizer outra coisa a não ser:
“Beije-me!”
O primeiro beijo de suas vidas. O que ele havia guardado para a mulher de sua vida.
Apaixonou-se pela santidade da moça, pelo jeito recatado de ser e pelo sorriso envergonhado que lhe falava milhões de desejos.
Escrito aos 16 anos.
Explicando que eu não estou com nenhuma fixação em Romeu & Julieta. Esse texto foi feito anos atrás, postado no Heavenly.
ResponderExcluirE estou sem inspiração esses dias, nada bem. Sem um pingo de vontade de escrever, por isso postei esse texto. Espero que gostem.
eu queria tanto ter um encontro assim *-*
ResponderExcluirsim, sou louca com romances ._.
beijas pâm ;*
O primeiro dos que viriam a ser os melhores beijos das suas vidas.
ResponderExcluirLindo lindo, tão meigo!
O texto é lindo.
ResponderExcluirTeve bom gosto pra escolher.
Beijos
Ah, o texto é meu =D
ResponderExcluirPostei há alguns anos.
lindaa demais!
ResponderExcluircomo eu disse: PERFEITA!
;D
gostei daqui :)
ResponderExcluirseguindo.
bjs
Ah, garotas poética são assim, elas arrebatam meu coração, ah se elas soubessem... é um bom texto, faz tempo que o escreveu?
ResponderExcluirCharlie B.
o/
7 anos =D
ResponderExcluirUia, 7 anos atrás eu tinha 13 anos, estava curtindo apenas os livros e não o amava como hoje!
ResponderExcluirAh sobre o meu post, o filme teve falhas, vc leu o post..vc sabe..bem ta sabendo que a atriz que faz a Victória vai sair na continuação? O_o'
Charlie B.
Ps. Obg pela visita!
Me deu uma sensação de nostalgia imensa. As cenas rodaram na minha cabeça... adorei!
ResponderExcluirVontade de ler meus textos com 16 anos de idade =)
beijos
Eu adorei o texto. As coisas bem que podiam terminar assim, tão bem como nas histórias.
ResponderExcluirEu não sabia que você era de Brasília, flor :/ Se tivesse me avisado, a gente poderia ter tentado, mesmo sabendo que eu estou indo embora *-*
Hoje eu acordei com meu orgulho no topo, não tô com vontade alguma de ligar pra ela, com receio de atrapalhá-la. Ela tá fazendo recuperação na escola e eu não quero ser mais um problema. Ela é tão orgulhosa quanto eu, eu tenho certeza que não atenderá de novo.
Sei o tamanho da minha dor se ela não me atender novamente. Eu sei que vou me arrepender mais à frente, mas por enquanto prefiro deixar as coisas como estão.
Felicidades pra você também, flor.
Nossa e ainda dizem que aos 16 anos não se tem um amor...nós já nascemos amando...
ResponderExcluirAchei muito bonito, Pâmela.
ResponderExcluirE eu tô amando assim, a distância e alguém que nem sabe desse meu amor por ele.
Enfim, não posso alimentar expectativas e só sonhar.
Um beijo e uma ótima semana.