quinta-feira, novembro 08, 2012
Dormência
quarta-feira, outubro 10, 2012
Seu gosto.
terça-feira, outubro 02, 2012
Do amor e suas bobagens.
domingo, setembro 30, 2012
Adeus você.
Eu também acho que não deveria acabar dessa forma, mas ouvi dizer – não me recordo onde -, que alguns amores são bonitos simplesmente pelo fato de terem que acabar. E sabe? Eu concordo com isso. Ninguém lembraria de Romeu e Julieta se eles tivesse ficado juntos e constituído uma família, Titanic não teria sido um sucesso de bilheteria se o Jack não tivesse morrido também. A despedida sempre é bonita, beibe. E muitas vezes é necessária. Estou levando minhas coisas, para que tu não te apegues a mim. Me deixa ir. Enquanto ainda há um pouco de dignidade nesse relacionamento, enquanto podemos olhar um para o outro e dizer que valeu a pena. Só me deixe ir.
Em parceria com a bonita, Mafê.
quarta-feira, setembro 26, 2012
A culpa é?
quinta-feira, setembro 20, 2012
Paciência.
quinta-feira, setembro 13, 2012
Para um amor que morreu
quinta-feira, agosto 16, 2012
Quando o paraíso teve que esperar.
Ela pensava: - Ele não existe, não existe, não existe. - E, sim parecendo ouvir os pensamentos dela chamou-a junto a sacada do prédio. A noite morria macia lá fora e podia-se ver o céu pontilhado de pequenos cristais, belas estrelas namoradeiras. E olhando os olhos da moça amendoados dissera:
- Você gosta da Lua?
- Sim. Mas prefiro as estrelas. E você?
- Tanto faz. Acho que dependendo do contexto elas são apenas expectadoras.
- E que contexto seria esse?
- Vinho, jazz, você e eu. Essas coisas que se tornam bonitas quando se tem poesia na alma.
(Silêncio)
- Que foi?
- Nada. Só poetizando você por dentro. Assim como o jazz.
- Você não deveria me dizer essas coisas.
- Por quê?
- Porque não tenho alma de poeta. E porque eu sinto vontade de responder, mas tenho medo de parecer idiota.
- As respostas nem sempre precisam ser verbalizadas, moça. Tome mais vinho.
(Silêncio)
Os cômodos estavam todos vazios. Não perceberam que aos poucos todos os convidados haviam indo embora, os olhos dela fixaram a porta indicando que também era hora de partir. Tocava "Forever Young" do Alphaville e por fim ela gargalhou:
- Bons momentos?
- Não é isso. Só queria dançar assim como a música pede.
- Elegantemente?
- Do modo que conseguirmos.
- Dancemos.
E em seu ouvido ele cantava, docemente - como podia -, "Heaven can wait we're only watching the skies." - É hora de ir, compreendo. Mas só se quiser ir. - Ele falou.
- Sim. Eu fico. - Ela respondeu.
terça-feira, julho 17, 2012
Suave.
terça-feira, julho 10, 2012
E se.
E se eu lhe entregar meu coração
E meu coração for um quindim
E se o meu amor gostar então
De mim.
Chico Buarque de Holanda
É que eu fiquei com medo de mergulhar no desconhecido. Embora, eu soubesse que há muito de mim aí dentro. É que às vezes de tanto sofrer a gente tem mania de se comportar como um animal acuado. Não consegue enxergar um óasis quando se depara com um e acha que tudo é miragem. E sabe, doce, eu acredito que andar por esse deserto contigo tem sabor de aventura. Você está sendo, de várias formas, uma fortaleza e porque não dizer um abrigo. Sabe, eu me prendi nos últimos anos no "se" e confesso que ele enroscou em mim tal qual uma liana em sua árvore escolhida e ficou tão difícil me desvencilhar dele. Porque sempre surgia: "e se não for pra ser", "e se ele me magoar", "e se a amizade acabar" e etc.É. Você me conhece tão bem que sabia que as interrogações iriam fazer festa dentro da cabeça. Contudo, você soube me esperar. E confesso que por um minuto eu pensei que na primeira indecisão você cairia fora, diria que não estava disposto a ir tão longe por ninguém, mas não. Você ficou e me abraçou, e me quis, me fez te querer. E por isso estou escrevendo aqui essa carta desconexa, mas cheia de sentimentos, porque eu percebi que nem sempre é necessário ter as respostas para todos os "ses" em questão. Às vezes é preciso apenas deixar a vida seguir o seu devido curso.
E hoje, ouvindo o Chico cantar, percebi que não há motivos para não entregar o coração de novo. A gente sempre fica com medo de alguém magoar não é? Mas, sabe. Eu estou disposta a dar a alma e o coração a todos os "ses" que vou encontrar nessa nova fase com você. Porque o primeiro a se deparar com um "se" foi você e embora houvesse várias indicativas para um não, você resolveu insistir. Então, bonito, eis me aqui para todos os "ses" que a vida irá colocar em nossos caminhos.
quinta-feira, junho 28, 2012
Minha dor.
terça-feira, junho 26, 2012
Eu gosto de você?
Clarice.
segunda-feira, junho 18, 2012
Você me bagunça.
O Teatro Mágico
Esse adjetivo vestiu-me perfeitamente aquela manhã. O visor brilhava e o seu nome, há muito esquecido, arrancou-me suspiros e além de despertar uma dúvida: atendo ou não? E então, depois de chamar - alguns breves segundos -, senti a necessidade "curiosística" de atender. E então minha voz soou mansa, quase inaudível, e eu não sei ao certo o motivo. Acredito que um misto de espanto, despero, saudade e porque não dizer: amor.
terça-feira, junho 12, 2012
Do amor e outras merdas.
quarta-feira, junho 06, 2012
Sobre você.
terça-feira, maio 22, 2012
Costura-se um coração
Só que ando meio cansada de toda essa libertinagem. Essa história de não ter lugar onde pousar, não ter raízes - ou melhor-, não ter terra profunda o bastante para que elas se fortaleçam. E então, eu penso que ando fora do tempo, que já sou um pouco antiga, que não tenho mais idade para [re]começar.
E enquanto eu olho para o reflexo no espelho, mudo a tonalidade de voz para alcançar meu próprio coração, com tons que mudam de manso a severo. Complicado é convencer "alguém" tão genioso a fazer o que a cabeça acha que é correto. Difícil é entender o que se passa dentro, quando não se sabe o que acontece fora. E nesse emaranhando de confusão, acho que na verdade queria algo [ou alguém] que me completasse.
E mais uma vez eu respondo um questionamento com a palavra: difícil.
sexta-feira, maio 11, 2012
Igreja do seu coração.
segunda-feira, abril 23, 2012
O menino do tênis surrado
quinta-feira, março 15, 2012
Cheiro de saudade
terça-feira, janeiro 17, 2012
Do incêndio que se faz em você.
Porque você sabe fazer isso com maestria, derreter-me, deixar-me boa. Talvez seja sintoma, daquele amor antigo que o tempo resolveu resgatar. Sabe aquele? Que deixei passar, que foi abafado aqui dentro desse coração? Reviveu. E me fez reviver aquela história já esquecida. Mais que isso, nasceu a vontade de criar uma nova, com um novo fim. Feliz.
sexta-feira, janeiro 06, 2012
O gelo que te envolve, vezenquando.
- Ah, o amor. - Pensou ela.
E não pôde completar a frase. Não que ela não quisesse, não conseguia. Sempre soube que o amor tinha suas lascas afiadas e que acabaria se machucando. E assim sempre acontece. O amor, ela generalizou, irá matar você. Ela conversava com o pipoqueiro que, impacientemente, arrumava a sua carrocinha. A moça encontrou no desconhecido um ombro amigo, alguém para desabafar sobre a ausência dele. O velho com o olhar terno, despediu-se diante da noite que avançava furtivamente. E ela continuo ali.
A moça vermelha com o rosto em formato de coração estava ali. Sozinha. E soube, que doeria, voltar para casa e saber que não haveria recados na secretária eletrônica que a avó lhe dera, que faria apenas uma torrada e ainda assim deixaria metade e ele não estaria lá para obrigá-la a comer, que ele não seria mais a cobaia dele em seus experimentos gastrônomicos.
E andando meio zonza, abraçou-se enquanto olhava para o relógio na Praça Central. Sentia frio. E soube ali que não havia mais o nós, apenas um "eu" congelando em plena avenida. Porque até a mais bela rosa, poderia esconder os mais terríveis espinhos. E assim, ela soube, que o amor também poderia ser inimigo.