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Ao longo de nossas vidas nos deparamos
com príncipes, vilões, plebeus, guerreiros, tudo isso idealizado por nós.
Criamos em nosso imaginário a pessoa perfeita e livre de defeitos. Acredito,
ainda, que o amor esteja aí: ver qualidades onde não se tem. Quando se ama
alguém até o que é prejudicial a nós é amenizado pela ideia de que o outro não
tinha ou teve intenção de nos ferir. Aí é que mora o perigo.
As pessoas que entram e saem de nossas
vidas levam um pouco de nós, deixam muito de si e o problema está naquilo que
insistimos em preservar. Costumo dizer que a minha memória é de elefante para o
bem e não armazena aquilo que é nocivo a mim. A forma como lidamos com os nossos
sentimentos é que nos direciona ao caminho da felicidade. Embora, esqueçamos os
ultrajes e violações que o outro cometa contra nós, sempre haverá uma mancha a
macular aquilo que nasceu límpido. Cristalino.
Sempre acrescento que o coração é
semelhante a uma colcha de retalho, cada pessoa que passa tece em nós alegrias,
tristezas, e até algumas dores bem profundas. Algumas pessoas não sabem coser e
com a agulha costuram porcamente seus pedaços em nós. E eu lamento por isso.
Porque uma costura sempre será uma costura. Não há como tirar a linha
delicadamente, sem ferir o pano – em nosso caso o coração -, eu entendo que por
vezes haverão pessoas e pessoas a remendar as nossas vidas.
Mas também, entendo, que chegará um
ponto em que você não estará disposto a entregar seu coração a alguém. Quando
isso acontecer você saberá que não existem mais pontos a serem dados, porque
dentro de você já não há o que coser. As relações nascem para construir e,
muitas vezes, destroem. Eu não vejo esperanças para corações que chegam a esse
ponto e se você souber, por favor, me diga.