(...) eu não vou deixar passar.
Talvez ela não notasse o quão nervoso eu ficava a cada aproximação, não sentisse o meu coração martelar a cada abraço caloroso que ela insistia em me dar e a cagueira aparente todas as vezes que risonha ela dizia: - sei não, mas acho que você é apaixonado por mim. Acontece que mesmo diante das evidências as nossas mãos se davam apenas em apertos de mão amigáveis, sempre lhe fui o ombro, pernas e deseja ardentemente ser mais que isso: ser o coração. Contudo, nada ela via em mim e eu me perguntava altas horas da noite o motivo dela não me notar. Por que ela fala dos amores dela para mim?
E por que eu insisto em lhe dar atenção quando fala para mim? Será que ela não vê que falar sobre ele me magoa? Acontece, porém, que percebi que na verdade era eu que deixava que ela me usasse como estepe, que fosse o ombro, desejando ser seu coração. Sem saber que o coração dela era ele.
Mas ela me disse algo que acendeu esperança e mim: - existem algumas pessoas que não podemos deixar passar. E no intímo, juro. Desejei que a mim ela tivesse notado.
E por que eu insisto em lhe dar atenção quando fala para mim? Será que ela não vê que falar sobre ele me magoa? Acontece, porém, que percebi que na verdade era eu que deixava que ela me usasse como estepe, que fosse o ombro, desejando ser seu coração. Sem saber que o coração dela era ele.
Mas ela me disse algo que acendeu esperança e mim: - existem algumas pessoas que não podemos deixar passar. E no intímo, juro. Desejei que a mim ela tivesse notado.