(...) e vimos uma margarida e nem sequer era primavera e disseste que margarida
era amarelo e branco e eu disse que branco era paz e disseste que amarelo era
desespero e dissemos quase juntos que margarida era então desespero cercado de
paz por todos os lados.
O dia de ontem - Caio F. Abreu
Eu ri quando ela me chamou de leãozinho. Ri porque era isso que ela queria – provocar-me. Cedi. E quando me olhei em frente ao espelho vi que tinha razão, os meus cabelos altos e loiros remetiam ao Simba. Nós sorrimos – logo chorei. Então, ela abraçou-me e envolta em seus braços solucei. Tristemente, eu diria. Seus olhos andam tão fundos – ela disse. Eu apenas dei de ombros assentindo. Embora eu não soubesse, ela conseguia me ler perfeitamente. Há alguns dias enquanto leio Caio F. sobre a cama ela vem sentar-se à beirada e me fita. Diz: - Deixa-me compartilhar dos versos dele também, fominha. E eu rio. Olha pra mim, menina. Que tu verás um pouco do que eu leio.
Ela disse que verde era esperança e disse a ela que preferia marrom. Marrom é triste. É poesia. Ela chamou-me de louca. Rimos e dissemos: - Poeta. Ela não compreendia o que acontecia, tampouco eu. Eu ria das minhas lágrimas chamando-me de louca e chorava a minha dor em meus risos. Ela falava sobre maquiagem e que minhas pálpebras são inchadas, que meus olhos estão minúsculos e eu disse: - é um ‘quê’ oriental. Ela me fazia feliz, tentando adivinhar o próximo revide, fazendo-me companhia debaixo das minhas cobertas de lágrimas. Eu era desesperança, ela era verde.
Ela disse que o poço era ruim e eu disse que gostava do sabor da água. Ela disse que eu plantasse hortênsias em minha fossa, retruquei dizendo que preferia avencas. Ela sugeriu a fazenda, sugeri então continuar ali deitada, olhando para a rachadura que havia no teto. Ela entristeceu-se e chorou. Eu já não tinha lágrimas – mas a dor ainda me latejava. Ela me chamou de egoísta e eu disse que não sabia ser altruísta.
Ela me entregou uma rosa. Então, disse que eu gostava de margaridas.
Diálogo com a Poli Pocket.
E a conversa foi desse jeitinho mesmo. É claro que ela editou, rsrs. Mas há dias tento animá-la, não sei o que acontece. Acho que o problema é interno.
ResponderExcluirTe amo mana :*
Agora eu só reafirmo o que disse embaixo: impossível não se apaixonar por você. Até tristeza consegue se tornar bonita quando você fala. Conheço pouco de Caio Fernando Abreu, o que conheço vejo em blogs e parece que você é apaixonada por ele.
ResponderExcluirMoça linda, espero que você fique bem logo. Pois as tuas palavras são tão intensas e tristes que vejo uma nuvem negra por cima, não se deprima.
Eu li e reli esse texto e encontrei uma série de contrariações !
ResponderExcluire eu te faço uma pergunta:
mesmo se contradizendo tanto, você a ama certo ?
o amor não importa de quem pra quem seja é feito de contradições e contrariações .
o ser humano é tão repudiável as vezes,
um grande bj !
p.s.: [como você está?]
hahaha, pois é pamela. Eu tb nao me importaria. E digo mais, o Ronaldo tb não se importa. É ai que está a ironia do post, hehehehe.
ResponderExcluirAbraços.
Olha, sem dúvidas, as contrariações nesse texto são bastante notórias, mas, são estas que deram uma vida incrível, aliando a dor ao sentimentalismo. E não poderia começar melhor esse texto tendo em cima um trecho do CAIO F. ABREU....dispensa comentários. rs
ResponderExcluirJá viu o álbum que tenho no Orkut dedicado??
Abraços...Sucesso!!!!
Na verdade Sarah é assim.
ResponderExcluirEssa conversa eu tive com minha irmã, eu estava sentada na cama lendo e ela veio conversar comigo. Tentando me animar, entende? O amor que falamos é um outro amor que está me deixando louca, que perdi o controle.
A gente conversava sobre alguns textos do Caio F. daí surgiu a ideia do post. Entendeu, flor?
Acho que ficou confuso mesmo.
Epígrafe perfeita, aaaamo essa passagem do caio! Tem tanto significado pra mim, me faz lembrar umas coisas..
ResponderExcluirAh, fique bem, moça. =)
Tudo muito forte, boneca...
ResponderExcluirRealmente, o amor é lindo, mesmo triste.
E com tuas palavras consegues dar cor ao que é cinza. Fazes a dor parecer bonita.
Sorte a sua ter alguém próximo assim!
Bjocas =*
Quanto mais me perco, mais me encontro nesse mundo dos blogs. E é delicioso encontrar pessoas que escrevem com a alma, como se as palavras escorressem naturalmente dos risos e lágrimas.
ResponderExcluirAcho que não preciso dizer que gostei demais daqui, né?
Perfeito. Estou seguindo! ;)
Um beijo, e obrigada pela visita que, além, de me lisonjear, me permitiu conhecer teu espaço!
Mas ela pode começar a gostar também de rosas, não pode?
ResponderExcluirEu acho que você devia esvaziar esse amor que tá dentro de você. Sabe como? Indo atrás desse menino logo.
ResponderExcluirCorre atrás da tua felicidade moça! Acorda.
Pois é Pamzinha...
ResponderExcluirNo fundo msm...
só desejamos ter um amor de verdade...
e pra mim é isso que vc tbm deseja...
afinal todos temos o direito de amar e ser amados...
BjO...
Amu Tu Nega
Ah, Pâmela ter a Polly de irmã deve ser genial, aproveita!!!!
ResponderExcluirMais uma vez a postagem coletiva foi um sucesso. E gostaria de parabenizar a todos que participaram, os textos ficaram maravilhosos. Algumas pessoas estavam me perguntando da próxima. Então será na quarta-feira e o tema será: Primeiro beijo e funcionará da seguinte maneira, você pode narrar seu primeiro beijo, de alguém ou como você gostaria que tivesse sido.
ResponderExcluir"Meu primeiro beijo foi doce a atrapalhado. Meu primeiro beijo foi mágico, mas rápido." The Happy Losers.
Lembrando que a postagem é livre. Quem quiser pode participar.
seus textos são muito bons 8-*
ResponderExcluirvoc escreve mt bem.
ResponderExcluirqnd estou mal. não há rosa ou margarida que me anime.