“But listen to your heart before you tell him goodbye, sometimes you wonder if this fight is worthwhile.”
Listen to your heart - ROXETTE.
A água fria do chuveiro não me incomodava nem um pouco. Apesar de eu reclamar todos os dias com meu pai que eu vou passar a tomar banho realmente só aos sábados, eu não sentia aqueles cubos de gelo (rs) caindo sobre a minha pele porque eu cantava Listen to your heart e analisava a letra. Fiquei pensando se eu realmente ouvisse o meu coração, eu ligaria para você agora, me declararia, lhe roubaria milhares de rosas vermelhas, te agarraria. E se de fato eu realmente luto para que haja uma história entre nós, compreende?
E você me veio às 21h de um dia qualquer. O dia eu não recordo, mas foi em Maio, e desde então esse mês será o meu favorito. E eu lembro do filme Doce Novembro, sabe? Eu não gosto dele. Não mesmo. Apesar de escrever romance, não gosto de filmes do gênero. Estranho, né? Mas eu pensei somente que a história de relacionar um mês a uma pessoa seria bonito, poético, entende? Coisa minha, você sabe. Então assim que Maio chegar todos os meus dias, pensamentos, suspiros e aspirações serão todos voltados para ti.
E então, eu fico pensando – ando pensando demais – que eu não esperava por você e vice-versa. E que as minhas lembranças são bem vagas, de quando não existia você, daquele tempo que éramos desconhecidos e insuspeitados um pelo outro. Esse tempo sem você eu quase não lembro. É como se as minhas memórias tivessem sido apagadas por completo. E à noite, exatamente na madrugada, eu acordo espantada e me pergunto até onde nós mergulharemos nisso que construímos todos os dias. E eu me pergunto se você me ama assim como eu te amo, sabe? E não se assuste com isso. Não é amor de amante, namorado ou coisa parecida, é amor que protege, que não machuca, que quer bem, que espera saber notícias do outro, que implica porque quer o melhor, que ama sem interesse. E eu fico pensando, será que a gente se ama? Será que algum dia nós vamos nos machucar? E eu estremeço.
E eu estava olhando nas mensagens do meu celular. E o menino que me manda torpedos em algumas noites, com palavras melosas, doces e fáceis, nada toca o meu coração. Porque mesmo que eu quisesse não há espaço para ninguém além de você. E por não fazer sentido tudo aquilo, eu fui apagando-as, desejando que fossem suas para que pudessem permanecer ali. E eu as guardaria como tudo que conversamos. Mas não eram.
E hoje eu estou aqui pensando – como sempre penso – que não quero que nossas vidas se percam. Que eu encontre vazio. Eu te quero tanto em minha vida, sabe? Por te amar assim, também, como se ama um amigo.
Meu coração é tão seu.
Eu gostei de ler esse texto.
ResponderExcluirGostei de quando você disse o que faria, se realmente ouvisse seu coração. E de certa forma senti que você o estava ouvindo, quando escreveu.
Achei sincero, sem tantas metáforas. Você entregou seus pensamentos, e isso só se faz quando se ama.
Achei lindo, como sempre, mas o post de hoje teve uma beleza especial. A beleza doce do seu sentimento despido. =}
Beijo Pam:*
Concordo com a Natália, você conseguir se despir nesse texto. Apresentar nua e crua o que realmente passa na cabeça, coração e pele.
ResponderExcluirBeijo!
pq nossos corações na verdade nunca são nossos?
ResponderExcluirincrivel que nunca vivenciamos oq gostamos de ver, ouvir, assistir. nada mais sincero quando vc escreveu sobre mensagens no celular. mostra que é verdadeiro
ResponderExcluirQueria deixar somente minhas reticênceas, Pâm. Tuas palavras me doeram, por assim dizer. De tão lindas, mas tão tristes. Volta aquilo que eu sempre te digo: a tristeza é bonita demais. Calou meu coração e deve ter calado coração do moço, porque se fosse pra mim, eu suspiraria.
ResponderExcluirÉ isso.
Suspiro.
É o que resta ao fim deste texto. Que não se percam. Que não nos percamos, então.
Te beijo ;*
Você é bem corajosa por dizer assim tão cruamente o que sente. Eu não teria essa coragem, mas digo que o moço que é destinatário do teu amor e coração, menina, é sortudo de verdade.
ResponderExcluirQualquer um gostaria de estar no lugar dele.
E no dia que ter, de vez assim em tua vida, magia e alegria serão pouco se agora, dispersa, diz tanto amar e viver por aquele que longe mas tão perto estás de teus pensamentos.
ResponderExcluirAdoro esses teus textos. O modo como deixa claro tudo que se passa é quase sem explicação, fiquei.. beijão bonita, Pâm;
Acho que foi um dos teus escritos mais reais. Senti fundo a sua verdade agora, compartilhei dela, doeu um pouco em mim mas me fez sorrir também por ver um amor assim ainda existir nas pessoas.
ResponderExcluirBeijo.
"..meu coração é tão seu.."
ResponderExcluirAmei essa frase , tão rápida e precisa no sentimento, acho que vou até escrever um post pensando nessa frase!
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Desejou ser ardentemente a Bella? jacob tão quente? Nossa, Pam revelando o seu lado alucianada, fiquei sorrindo com seu comentários por minutos a fio.
Beijos!
Charlie B.
Hahaha.
ResponderExcluirExistem coisas que a gente esconde para não assustar, Charlie.
Não existe ninguém excessivamente puritano, sempre existe algo escondido. Embora eu só fale, tenha só papo.
Mas convenhamos, que Jacob...
Não vou comentar mais nada, porque o comentário pode soar bem peão.
Haha.
Beijo doce gato!
Eu lembro bastante dos contos de Caio F. Abreu quando eu te leio. Ambos com amores tão intensos e que não ditos nunca. Apenas em linhas, palavras escritas. O amor devia ser mais fácil e eu parafraseio o que Tiago disse: menino sortudo o dono do teu coração.
ResponderExcluirBeijão Pam :*
Gostei da sua forma doce de se despir e ser sincera, moça. Espero que um dia pare de doer, aí em você, tá?
ResponderExcluirUm beijo.
Lindo o texto amiga,certas partes se pareceram um pouco com a minha vida. =]
ResponderExcluirPorque o verdadeiro amor é sem pretensão. =)
ResponderExcluirLindo, Pam.
Beijo.
Ao ler teu texto me pareceu um "dejavu"...
ResponderExcluirVivi um maio assim.
Um amor que dói, mas que, ainda assim, se quer por perto.
Vi uma vez num texto do Caio F, a expressão desespero alegre, acho que ela se aproxima do que é este estado de amor latente.
Beijocas!
Tão bonito e sincero, adorei.
ResponderExcluirA ideia de ouvir o próprio coração foi convidativa e até imagino o que faria se ouvisse mais o meu.
Muito bonito esse sentimento... Tocou em mim.
Beijo, Pâm!
sentimentos geram textos tão bonitos... você emula? ou sente de verdade? :-/
ResponderExcluir:-P
curiosidade.
Vai parar de doer!
ResponderExcluirA questão é que o Caio F. está quase me convencendo que esse 'quebrar a cara" talvez seja, muitas vezes, a chance de encontrar o verdadeiro amor.
De todo jeito, lute enquanto houver esperança, enquanto houver sol.
Beijooooos, perfeita!
No meu caso o mês é abril, mas mesmo não sendo abril meus pensamentos nele é tão frequente.
ResponderExcluirEstranho... me identidiquei dessa vez. Principalmente com essa parte: "E eu estava olhando nas mensagens do meu celular. E o menino que me manda torpedos em algumas noites, com palavras melosas, doces e fáceis, nada toca o meu coração. Porque mesmo que eu quisesse não há espaço para ninguém além de você."
ResponderExcluirÉ que quando a gente tá feliz... A gente transborda invonluariamente...
ResponderExcluirou não, a gente transborda porque quer... porque é.
um beijo.