Eu poderia continuar sentada aqui olhando o vai e vem de transeuntes que insistem em correr da fina chuva que caí nesse céu triste e cinza de São Paulo. Mas a única coisa que desejo é um lugar para esconder-me destes olhos tão atentos que insistem em fitar-me condenando as minhas calças jeans sujas e este baby look que não tiro há três dias. Não sei, realmente, se é este lugar que me deixa melancolia ou está praça que tem nossos nomes escritos com corretivo no banco, a única coisa que sei é que dói. E isso é visível. Eu só queria saber quando os nossos passos começaram a andar em caminhos opostos, quando os nossos corações começaram a dançar descompassadamente. Desperdício.
Eu venho sonhando com o litoral e os dias conversando perto de uma fogueira. Do teu jeito doce de escrever S.O.S Apaixonado na areia. E parece que as coisas vão passando em um filme preto e branco, onde o tempo cuidou de apagar todas as cores, a fim de dizer que acabou. Quando não é preto, é sépia, tudo é envelhecido. E eu vejo a exatidão dessa tristeza e como os outros acham tão bonito, porque hoje doer é belo. É pura poesia aos olhos de alguns e eu, deveras, gostaria de ter uma vida menos fantasiosa, desprovida de poesia até por assim dizer, mas que fosse ao teu lado. E você me vem todas as noites apenas nos sonhos, desde que você foi embora encontro a perfeição somente de olhos fechados, o resto me é imperfeito por completo. É duro. E sem sabor.
Quem tem razão afinal de contas? Ninguém tem a medida certa de nada, não há como mensurar a bondade, a maldade, os amores, os desamores. E cá estou eu, seca, desiludida. Tentando não pesar tanto os sentimentos que resolveram fazer morada eterna dentro de mim. E sabe Lucas, desde aquele outono sem estrelas, de folhas muitas e vento abafado que os dias me são todos iguais. Como um caderno de folhas amareladas em que guardo cada capítulo que vivemos juntos até você morrer. Dói-me.
Eu venho sonhando com o litoral e os dias conversando perto de uma fogueira. Do teu jeito doce de escrever S.O.S Apaixonado na areia. E parece que as coisas vão passando em um filme preto e branco, onde o tempo cuidou de apagar todas as cores, a fim de dizer que acabou. Quando não é preto, é sépia, tudo é envelhecido. E eu vejo a exatidão dessa tristeza e como os outros acham tão bonito, porque hoje doer é belo. É pura poesia aos olhos de alguns e eu, deveras, gostaria de ter uma vida menos fantasiosa, desprovida de poesia até por assim dizer, mas que fosse ao teu lado. E você me vem todas as noites apenas nos sonhos, desde que você foi embora encontro a perfeição somente de olhos fechados, o resto me é imperfeito por completo. É duro. E sem sabor.
Quem tem razão afinal de contas? Ninguém tem a medida certa de nada, não há como mensurar a bondade, a maldade, os amores, os desamores. E cá estou eu, seca, desiludida. Tentando não pesar tanto os sentimentos que resolveram fazer morada eterna dentro de mim. E sabe Lucas, desde aquele outono sem estrelas, de folhas muitas e vento abafado que os dias me são todos iguais. Como um caderno de folhas amareladas em que guardo cada capítulo que vivemos juntos até você morrer. Dói-me.
- Gente, prometo retribuir todos os comentários esse fim de semana, não estou conectando mais no trabalho e à noite é bem corrido. Prometo que ficarei em dias com vocês. E continuem votando no PostColetivo. Na segunda teremos o resultado =D
ResponderExcluirBeijos.
Perfeito. Você realmente consegue descrever essa coisa de... de... de não ter quem você quer ao lado.
ResponderExcluirParabéns.
Mensurar é sempre difícil. Viver também, mas o tempo que perdemos mensurando podemos ganhar vivendo.
ResponderExcluirPor sinal, lindo!
Bonito e triste. Com o título do Renato Russo ficou mais melancólico ainda, por que Legião tem esse dom. Todo o cenário remete à melancolia.
ResponderExcluirAdoro sépia xD
Beijo!
Pâmela, que texto lindo.
ResponderExcluirParabéns!
Bjos e bom final de semana!
Ausência é sempre tão doída.
ResponderExcluir=/
Os sentimentos meus, estão fazendo morando eternas dentro de mim, eles estão sonolentos hoje, e quero um bom sonífero para fazê-los dormirem de fato. Acho que me vi na personagem, na crença de que a perfeição só existe de olhos fechados.
ResponderExcluirBeijo, =*
Charlie B.
Depois que vira rotina, tudo se torna tão quieto, um vazio que depois de tanto tempo, não sabemos preencher. Apesar da dor, ergua-se e continue a vida. Ela não pode parar.
ResponderExcluir:*
tipo, não sou fã de textos muito descritivos, mas vc conseguiu fazer um na medida certa para me fazer gostar bastante ^^
ResponderExcluirassim como musicas, textos tristes parecem marcar mais. o teu é um belo exemplo disso
=]
ninguém tem razão, afinal existem sempre opiniões diferentes, dois lados da história...
ResponderExcluiramei o post!!
bjocas
só uma frase: sinto sua falta :/
ResponderExcluirte amo!
As pessoas quem amamos verdadeiramente sempre estarão vivos em nossas lembranças e em nosso coração. Por que a saudade dói tanto?
ResponderExcluirBeijos...
Lembrei de Legião Urbana. Não apenas por causa do título, mas também pela temática.
ResponderExcluirE por causa da genialidade nas letras da banda e na mesma genialidade usada por você nos textos.
Parabéns, Pâmela.
Ficou lindo demais. Mas não poderia deixar de sê-lo, vindo de você. rs
Beijos.
e como toda dor, faz sofrer.
ResponderExcluirameeei.
Por que eu sempre choro em histórias assim?
ResponderExcluirA saudade é mesmo a mortalha do amor.
Vim bem ligerim acalmar a saudade de tuas palavras...
Lindo, Pam, como tudo que te empenhas em tranformar em letras.
Tristeza traz inspiração
ResponderExcluirMas na felicidade a poesia se faz vivendo.
Beijos grandes Pam! :)
Vou participar dessa postagem coletiva *-*
Ficou muito lindo, cara.
ResponderExcluirFico até sem muito o que dizer.
Me doeu.
Lindo, como sempre. Mas só não esquece que a chuva molha e leva embora, derretendo, os nomes escritos com corretivo. E que ela também passa, mesmo que o céu de são paulo não deixe seu cinza "natural".
ResponderExcluirEspero que essa dor também molhe e derreta como o corretivo, e vá embora com as nuvens. E que o cinza vire roxo, para depois clarear em lilás e vermelho :)
;***
Lindo texto, lindo blog!
ResponderExcluirPrimeira vez que passo por aqui e bem, adorei.
É mesmo um saco a forma como a tristesa é mais narrável e até mais poética, mas eu trocaria toda a poesia por coisas e sentimentos simples, essas complexidades cansam.
:*
Eu deixo você me chamar de prega =D
ResponderExcluir--
ps: meus dias também estão bem corridos... mistura de aulas extras na faculdade, estágio, e coisinhas do cotidiano... por pouco não pedi umas férias do blog :/
Amores platônicos, fins trágicos e tardes chuvosas só são bonitas em folhas de papel... Mas, sabe, dê tempo ao tempo. As feridas viram cicatrizes, e elas são perfeitamente suportáveis. ^^
ResponderExcluirBom texto moça...
ResponderExcluirExpressa muito bem a dor que vocÊ, creio eu, sente depois dessa separação...
Belas palavras..
Bjim e bom texto
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirVocê, pelo que vi, pelo que li, é exagerada como eu. Sente demais. Traz tudo pra dentro, e alimenta sem nem se importar quantas flores brotem. Que venha um jardim inteiro, eu sempre digo.
ResponderExcluirSabe, Pâmela, eu já me vi sendo a moça desse teu texto. Não sou mais. Quando um amor pede pra ir, o certo é soltá-lo. Por amor, mesmo. Acabou, entrega pro mundo, e ele só fica maior.
Eu sempre repito que, a gente, quando ama, vai sempre amar. A pessoa vai embora, nós vamos embora, mas aquilo que foi vivido em par, vai sempre ficar. Tudo aquilo que vinha dele pra você, e ia de você pra ele, vai sempre ser único. Vamos sempre amar aquela parte que o outro era, pra gente. E ponto.
Quando dói, tem que doer tudo. Arder pra caralho, ter febre, vomitar, não conseguir respirar, chorar. Porque só assim vai poder passar. Só assim.
Eu aposto no amor. Em novos amores, como cura maior.
Um beijo, moça.
P.S.: Grata pela visita. Volta sempre.
É pra chorar, né?
ResponderExcluirDói tanto que dá pra sentir daqui.
Beijos
Flor...
ResponderExcluirQuando um sentimento teima em doer, tudo fica nublado dentro de nós...
Beijos
Fui lendo imaginando um banco com dois nomes gravados. Sentindo o que sinto quando vejo nomes que não fazem mais sentido.
ResponderExcluirTudo isso teima tanto em doer tanto. Tudo isso nos faz ficar tão tristes e cinzas como o céu de São Paulo.
Mas há dias que esse mesmo céu se ilumina. Como haverá um dia que isso acontecerá conosco.
:)
Eu amo o seu poema me inspirou a escrever poesia relacionada com o meu ambiente
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