Lilás era a nova cor do pecado porque eu mergulhava nos olhos dela todas as noites. E sim, não eram azuis, eram lilases. Bionda tinha os cabelos loiros, quase brancos como uma folha de papel e os lábios em formato de coração com pigmentação vermelho escarlate. Suponho que descrevê-la é impossível, porque não há como mensurar tamanha beleza, talvez ela seja uma deusa, dessas que dizem serem existentes em mitologia grega ou talvez seja um anjo tão doce e perfeito são suas feições. Contudo, não me atrevo a descrever minuciosamente os seus traços, porque pecaria com a minha visão grosseira e nada poética. Mas, digo-te, Bionda tem o cheiro mais doce e convidativo que meu olfato já experimentou sentir.
Eu estava distraído não esperando absolutamente nada quando ela me veio. O céu pintava-se de pontinhos brilhantes que facilmente podiam ser ligados, tornando-se animais, objetos ou simplesmente palavras. Céu de estrelas muitas e luar minguante. A lua não era cheia, igual aquelas que poetas costumam descrever em seus poemas, era imperfeita. E por trazer a imperfeição aos meus olhos foi bem quista. Dizem que quando a esmola é demais o santo desconfia então me alegrei por tê-la conhecido em uma noite minguante. E lá estava eu andando de bicicleta naquela cidade provinciana, que me acostumara a gostar. Andando de um lado para outro quando eis que ela me surge do nada. Tão rapidamente que não houve tempo de desviar. Acidente. Alguns arranhões, pouco sangue e um sorriso ao invés de choro, de palavrões. Ela deixou-me mergulhar pela primeira vez em seu doce olhar. Entreguei-me.
Ela falava sobre astronomia, dizia que desejava viajar a via-láctea e que conseguia enxergar estrelas em meus olhos. Soou-me poético. E ela disse realmente que era poesia, que eu era todo. E eu a beijei. E os olhos dela permaneciam abertos enquanto me beijava e os meus encontravam hortênsias ali. Ela dizia que olhava meus cabelos desgrenhados e que desejava saber se eu gostava de seus beijos. Não era falsidade. E ela me beijava sempre assim e eu adorava. Porque ela me lia com os olhos lilases dela, parecia ler com seus olhos abertos o que eu desejaria que ela me fizesse. E sabe, que todos os dias quando encontro aqueles olhos de hortênsias desejo piedosamente que continuem sempre abertos.
Eu estava distraído não esperando absolutamente nada quando ela me veio. O céu pintava-se de pontinhos brilhantes que facilmente podiam ser ligados, tornando-se animais, objetos ou simplesmente palavras. Céu de estrelas muitas e luar minguante. A lua não era cheia, igual aquelas que poetas costumam descrever em seus poemas, era imperfeita. E por trazer a imperfeição aos meus olhos foi bem quista. Dizem que quando a esmola é demais o santo desconfia então me alegrei por tê-la conhecido em uma noite minguante. E lá estava eu andando de bicicleta naquela cidade provinciana, que me acostumara a gostar. Andando de um lado para outro quando eis que ela me surge do nada. Tão rapidamente que não houve tempo de desviar. Acidente. Alguns arranhões, pouco sangue e um sorriso ao invés de choro, de palavrões. Ela deixou-me mergulhar pela primeira vez em seu doce olhar. Entreguei-me.
Ela falava sobre astronomia, dizia que desejava viajar a via-láctea e que conseguia enxergar estrelas em meus olhos. Soou-me poético. E ela disse realmente que era poesia, que eu era todo. E eu a beijei. E os olhos dela permaneciam abertos enquanto me beijava e os meus encontravam hortênsias ali. Ela dizia que olhava meus cabelos desgrenhados e que desejava saber se eu gostava de seus beijos. Não era falsidade. E ela me beijava sempre assim e eu adorava. Porque ela me lia com os olhos lilases dela, parecia ler com seus olhos abertos o que eu desejaria que ela me fizesse. E sabe, que todos os dias quando encontro aqueles olhos de hortênsias desejo piedosamente que continuem sempre abertos.
(Estou sem acesso ao Gtalk por tempo indeterminado, infelizmente.)
o olhar é onde encontramos a beleza real (:
ResponderExcluirbeijas ;*
A comunicação com olhar não exige entrelinhas. É extremamente real.
ResponderExcluirÉ cultura, é literatura, Pâmela!
Lindo, lindo, lindo!
A beleza idealizada, a ânsia por um beijo e por um mínimo detalhe.
Sinto-me bem aqui, sinto-me contente ao ler maravilhas como esta.
Beijos, Pam.
Estou a esperar qual será a cor do meu pecado. Todo mundo quer econtrar alguém que nos faça perdeu o chão, mas que em contra partida nos ensine a voar.
ResponderExcluirperder*
ResponderExcluirSó uma observação, é sempre assim? Pois se for, eu quero que amadorismo como o seu apareça em todo o mundo.
Belo texto...
ResponderExcluiracho que ler com os olhos é uma das coisas mais fascinantes e sinceras que uma pessoa pode fazer com um ser amado, isso mostra que queremos conhecer o outro e fazer com que ele se sinta bem...
bjim
Com essa descrição agora vou ficar atentos aos beijos de olhos abertos. Fiquei imaginando essa moça de olhos lilases.
ResponderExcluirAbraços.
Quero um beijo que me leia.
ResponderExcluirhummm... Perfeito!!!
ResponderExcluirenxergar esrelas nos olhos... perfeito demais!!
Amei!!Você tem umas ideias maravilhosas!!
bjocas
amei a criatividade. olhos lilases são raros de se encontrar e por isso mesmo não devem se fechar por nada no mundo.
ResponderExcluiraah, fiz o que queria, postei um início do que seria um conto, se quizer aparece lá :)
beijoo
Meu amado fala dos meus olhos, mas, ao contrário do texto, nos meus ele não vê hortênsias, ele diz ver estrelas.
ResponderExcluirTeu texto me fez lembrar dele. hahah
Além dos raros olhos, ela o lê nos beijos. Beijos assim são maravilhosos.
Beijo, Pâm!
Eu fico pensando se pessoas assim tem plena consciencia que causam esse tipo de furor apaixonado nas pessoas.
ResponderExcluirAo lado delas anda-se à 5cm do chão, não é?
Às vezes penso que tenho buraco negros nos olhos, e evito encarar a felicidade com medo de sugá-la para o nada. Queria ter hortênsias também...
ResponderExcluirInfelizmente, só tenho a possibilidade de ouvir vc falando por palavras...mas, tenho certeza que quem vive contigo sabe te entender só por este belo olhar que carregas!!!
ResponderExcluirLindo!
Eu te adoro e admiro, minha namorada.
Incontáveis abraços.
Lilás é a minha cor preferida. E sempre que eu venho aqui me surpreendo com tamanha beleza de suas criações. =)
ResponderExcluirBjs!
Um olhar pode nos tirar o fôlego. E lilás me faz sentir coisas. Sempre.
ResponderExcluirTexto poeticamente lindo.
Um beijo
Quase me sentindo o encantado por este olhar fulminante digo: até dormindo gostaria que os olhos dela permanecessem abertos para me vigiar. Há um espírito protetor e divino nela!
ResponderExcluirBeijos
;*
Os olhos que eu tanto queria abertos era castanhos, mas eles me disseram adeus, eles se foram. Gostei do nome 'Bionda', tão diferente, imaginei que gosto teria o beijo dela, seria doce e suave, e acho que eu poderia amá-la por toda uma vida.
ResponderExcluirBeijo,
Charlie B.