Eu não queria vê-la. Fato. Mas quando eu entrei naquele lugar os meus olhos a avistaram de longe, disfarcei, tentei fingir que a sua presença não me afetara de forma negativa – sim, negativa – pois o meu corpo tornou-se rígido e as minhas mãos suavam gotejando no assoalho branco do salão. Ela olhava para frente, atenta aos acordes e trejeitos dos rapazes que tocavam.
- Não, ela não me notara. – Entristeci.
O seu sorriso estava diferente, lembrei-me de quando ele era só meu: branco, largo, aberto e doeu-me saber que o sorriso voltara, mas não para mim, em minha direção. Ela me doía de longe, por dentro – sem saber.
E os meus olhos seguiam cada movimento, aplauso, manifestação de alegria. Desejava tanto que fosse para mim, mas 15 minutos ali e ela não me vira.
Olhe pra mim, boneca – Desejei.
E o meu desejo, talvez, tenha sido ouvido pelos anjos, ela virou e acenou para mim. Não aquele aceno que sentia saudades, acompanhados de beijos flutuantes, uma aceno seco daqueles que conhecidos se dão quando se veem atravessando a rua. E ela virou-se novamente para sua amiga sorrindo alegre, uma alegria que já me pertencera e que eu havia rejeitado.
Meu coração havia parado quando ela veio em minha direção. Esqueci de como se respirava quando ela abraçou-me, pude senti-la novamente em meus braços, mas tudo era tão diferente agora. Nada passaria de um simples abraço, nada de beijos, cheiros e carinhos que ela costumava me entregar.
Idiota – eu pensei. A culpa era toda minha não haveria volta e eu bem sabia. Mesmo que os meus braços estivessem envoltos em outra pessoa, meu coração sempre pertenceria a ela.
E por fim quando eu a vi conversando, talvez, com o dono do seu novo sorriso, aquele velho que era meu. Meu coração despedaçou-se e os meus olhos felizes por vê-la, tornaram-se tristes e amargos.
– Sim, ela me esquecera.
Esse foi de arrepiar o corpo e apertar o coração...
ResponderExcluirA gente cansa, né? E tem horas que temos que dar ao nosso coração uma nova chance :)
ResponderExcluirUm dia a gente cansa de doar sorrisos e sentimentos para que não tem a mínima intenção de recebe-los de coração.
ResponderExcluirAiiii... um dia tudo muda e o sol volta a brilhar!
Eu lembrei de uma história me contada do talk esses tempos.
ResponderExcluirFeliz dela. Burro ele.
Chorar pelo leite derramado não adianta. O negócio é cuidar para que não derrame.
ainda seguindo. espero que não acabe como estou pensando, pq vai ser frustrante pra mim. no sentido de "eu queria ter escrito isso"
ResponderExcluirEssa história eu conheço...
ResponderExcluirkkkk´s
O mundo da voltas e ele que saiu perdendo...
acompanhei de perto essa história...
e fico muito feliz que o jogo tenha virado...
:p
Parece comigo, só que ao invés de quebrar td por dentro, ficou congelado de tanto frio!
ResponderExcluir"assim ela já vai achar um cara que lhe queira como você não quis fazer..."
ResponderExcluirE isso acaba acontecendo ao menos uma vez na vida... Indepentende do motivo. Bonito texto, mesmo triste.
Beijo, moça.
Todo mundo acompanhou essa história e acho é bom que ela tenha tido um final feliz. É verdade que a gente só dá valor quando perde. BEMMMMM FEITO!
ResponderExcluirAnalisando a história desse ponto de vista, entristeço-me pelo egoísmo de desejar vê-la feliz apenas para ele. Isso chega a não ser amor, Narciso.
ResponderExcluir