Havia uma árvore naquela rua branca de ladrilhos avermelhados. Ela era bem alta, vigorosa e tinha umas florzinhas brancas, menores que flores de laranjeiras, bem menores. Elas tinham um cheiro forte, porém adocicado. Tão doce que causava tontura se você inalasse seu cheiro bem de perto. Não importava. Ela tinha cheiro de infância, lembranças da adolescência. Ela era pura saudade.
Ao seu redor havia uma espécie de tapete, um terço da folhagem havia caído na última ventania. E algumas flores que estavam no chão pareciam flocos de neve e estavam como que costuradas como uma colcha de retalho. Não se via o chão. Apenas as flores. Lembrava-me uma toalha de mesa que mamãe fez de crochê, levara um semestre para confeccioná-la, no total de 221 guardanapos. Tudo precisamente calculado, cada florzinha, cada nó dado.
Mas o que me prendia àquela paisagem não eram as folhas, as flores ou até mesmo a grandiosidade da árvore. Era o romantismo. Ela parecia convidar namorados a se deitarem sobre o tapete para olharem as pipas que eram soltas na época de férias, para ouvirem o canto de pássaros e cigarras que harmoniosamente compunham uma doce melodia ou até mesmo observar as estrelas ligando-as no início da noitinha.
Decidida então eu deitei lá. Sozinha. Com um livro de contos em minhas mãos – meu preferido – e me dispus a apenas contemplar a paisagem. E toda a perfeição que aquele lugar me proporcionava aos olhos. Sim, eu estava lá. Sentada, apenas. Observando o movimento das pessoas. Foi quando eu vi o seu all star atravessar a rua e vir em minha direção. Daí então o meu coração dançou ao som do canto que a natureza tocava.
Ao seu redor havia uma espécie de tapete, um terço da folhagem havia caído na última ventania. E algumas flores que estavam no chão pareciam flocos de neve e estavam como que costuradas como uma colcha de retalho. Não se via o chão. Apenas as flores. Lembrava-me uma toalha de mesa que mamãe fez de crochê, levara um semestre para confeccioná-la, no total de 221 guardanapos. Tudo precisamente calculado, cada florzinha, cada nó dado.
Mas o que me prendia àquela paisagem não eram as folhas, as flores ou até mesmo a grandiosidade da árvore. Era o romantismo. Ela parecia convidar namorados a se deitarem sobre o tapete para olharem as pipas que eram soltas na época de férias, para ouvirem o canto de pássaros e cigarras que harmoniosamente compunham uma doce melodia ou até mesmo observar as estrelas ligando-as no início da noitinha.
Decidida então eu deitei lá. Sozinha. Com um livro de contos em minhas mãos – meu preferido – e me dispus a apenas contemplar a paisagem. E toda a perfeição que aquele lugar me proporcionava aos olhos. Sim, eu estava lá. Sentada, apenas. Observando o movimento das pessoas. Foi quando eu vi o seu all star atravessar a rua e vir em minha direção. Daí então o meu coração dançou ao som do canto que a natureza tocava.
"Estranho seria se eu não me apaixonasse por você
(...) Estranho é gostar tanto do seu All Star azul.
Nando Reis."
Ahhhh ki liindoo...[rs]
ResponderExcluirComo sempre arrasa nesses textos,me faltam até palavras pra dizer o valor disso..=]
Tudo que tu escreve tranforma-se poesia, Pâm.
ResponderExcluirEu fui perambulando pela tua rua, dançando com as flores que caíam e imaginando neve no verão. Doce, sabe? Tranqüilo.
E nunca imaginei que fosse chegar ao fim feito este, de amor e borboletas muitas, como gosto.
Per-fei-to é pouco.
Que lindo, Pam! Sabe que eu não sou muito chegada ao romantismo. Acho piegas demais e enjoativo. Mas o amor, aah o amor, quero sempre.
ResponderExcluirSiga esses passos de destino.
ResponderExcluirQue seja sempre doce!
:)
noossa, muito lindo Pam. Teus textos exalam tranquilidade, de uma certa forma até pureza! amo.
ResponderExcluirAmei o Texto, flor..
ResponderExcluirvc como sempre..arrasaaa
sua pôdi.. rs
Haa Nando Reis..
Estranho é gostar tanto do seu all star azul
Estranho é pensar que o bairro das laranjeiras
Satisfeito sorri quando chego ali(...)
bem que na praça em frente a minha casa podia ter uma árvore dessa '-'
ResponderExcluirou quem sabe só aquele all star vindo na minha direção :D
beeijas ;*
Imaginei a cena toda. Linda!
ResponderExcluirEncontro lírico de amor e um traço de atualidade... adoro All-Star.
Lindo texto, Pâm.
Beijo!
Olá Pâmela! Passando inicialmente pra agradecer a sua carinhosa visita em meu blog, e dizer que estou linkando o seu espaço para poder acompanhá-lo sempre. Depois voltarei para comentar melhor seus textos, que a priori, me parecem excelentes! Parabéns pelo blog, beijos!
ResponderExcluirAdoro quando as flores formam tapetes no chão. Parece que a primavera se espalhou em cada milímetro do mundo, é incrível.
ResponderExcluirE nada como um bom e velho All Star surrado nos pés de um bom e velho conhecido pra dar aquele impacto cheio de charme.
Que doce, que lindo! *-*
ResponderExcluirSerá que esse all star mora no 12º andar?
Não consigo falar, só suspirar....
ResponderExcluirEu acredito em amor a primeira vista, isso acontece o tempo todo.
ResponderExcluirBeijos
Dizem que quando nos perdemos é quando nos achamos ..
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