Amar é a arte do recomeço. É ser resiliente e persistir em melhorar; ao invés de partir decidir ficar, ou depois da partida sempre voltar. Recomeçar. Um fluxo sem fim de recomeços, todo santo dia. Depois de cada desentendimento selado por um abraço apertado, que torna qualquer motivo ultrapassado. Depois de tantas idas e vindas sem fim, encontros e desencontros; com um único e fiel motivo em persistir, em se enlaçar, se envolver, e não desistir.
A vida a dois é feita de erros, mas acima deles, é feita de recomeço, de perdão. Perdão diário, perdão doído, perdão com alívio; daquele que te permite encher seus pulmões de tranquilidade e paz depois de uma desgastante discussão. Amar é ter memória seletiva, é sentir a necessidade de perdoar; um nó na garganta querendo abraço e beijo acima de qualquer rancor. Recomeçar.
Como uma roda gigante com uma vista incrível, nos fazendo querer esperar todo o trajeto, mesmo que longo e cansativo, por saber que lá em cima o que nos aguarda é lindo. Duas vidas tentando se encaixar, como um quebra cabeça, humano e cotidiano, onde as peças são esparramadas pelos seus caminhos a cada mudança repentina, a cada espirro do tempo, esperando serem juntadas no meio de um mundo que, pra ajudar, não para de girar.
Amar é segurar as mãos e sentir conectar as almas; é se adaptar mutuamente às mudanças, compartilhar caminhos coloridos e também dias sem cor. Recomeçar. Um conforto enorme em poder fazer de alguém seu lar, em ter um coração aconchegante te esperando chegar. A serenidade em saber que, mesmo quando tudo der errado, não importa o que aconteça, no fim do dia, você tem pra onde correr, um lugar seguro pra onde voltar.
Amar é a arte do recomeço, é unir-se a alguém com a esperança de terminar o dia em paz, e quando assim não for, saber que tem alguém ao seu lado disposto a recomeçar, mais uma vez, pela manhã, em par.
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