quinta-feira, março 15, 2012
Cheiro de saudade
terça-feira, janeiro 17, 2012
Do incêndio que se faz em você.

Porque você sabe fazer isso com maestria, derreter-me, deixar-me boa. Talvez seja sintoma, daquele amor antigo que o tempo resolveu resgatar. Sabe aquele? Que deixei passar, que foi abafado aqui dentro desse coração? Reviveu. E me fez reviver aquela história já esquecida. Mais que isso, nasceu a vontade de criar uma nova, com um novo fim. Feliz.
sexta-feira, janeiro 06, 2012
O gelo que te envolve, vezenquando.
- Ah, o amor. - Pensou ela.
E não pôde completar a frase. Não que ela não quisesse, não conseguia. Sempre soube que o amor tinha suas lascas afiadas e que acabaria se machucando. E assim sempre acontece. O amor, ela generalizou, irá matar você. Ela conversava com o pipoqueiro que, impacientemente, arrumava a sua carrocinha. A moça encontrou no desconhecido um ombro amigo, alguém para desabafar sobre a ausência dele. O velho com o olhar terno, despediu-se diante da noite que avançava furtivamente. E ela continuo ali.
A moça vermelha com o rosto em formato de coração estava ali. Sozinha. E soube, que doeria, voltar para casa e saber que não haveria recados na secretária eletrônica que a avó lhe dera, que faria apenas uma torrada e ainda assim deixaria metade e ele não estaria lá para obrigá-la a comer, que ele não seria mais a cobaia dele em seus experimentos gastrônomicos.
E andando meio zonza, abraçou-se enquanto olhava para o relógio na Praça Central. Sentia frio. E soube ali que não havia mais o nós, apenas um "eu" congelando em plena avenida. Porque até a mais bela rosa, poderia esconder os mais terríveis espinhos. E assim, ela soube, que o amor também poderia ser inimigo.
segunda-feira, novembro 14, 2011
Brevidade.

Só que Tu me vens maciamente e ao pé do ouvido dizes: “há tempo para tudo.” E então eu compreendo que tens razão. Que não há como colocar o carro na frente dos bois, que o Teu tempo é diferente do meu e que eu devo esperar Tuas demoras. É difícil, Senhor. Mas desde que comecei a dar graças por tudo a minha vida é fruta-cor, os meus dias mesmo que breves são felizes.
E esse vento doce que me vem beijar a face nessa segunda-feira fria, é apenas o prenúncio de que Tu estás a caminho, que andas ao meu lado e que me ergues. E não importa o quanto a dor possa me alcançar, se a minha mente estiver em Ti, ela não me ferirá. E eu creio que o Teu abraço que me embala continuará até os fins dos tempos.
Entendi que a felicidade está ao nosso alcance.
quarta-feira, novembro 09, 2011
Amor, felicidade e livros.

quinta-feira, novembro 03, 2011
Da saudade.
Ela não poderia simplesmente ignorar o painel que piscava em neon a palavra: perigo. Não, ela não poderia. Porque todos sabem que ela é teimosa, que ela queria provar para si mesma que conseguiria entrar e sair daquele campo minado sem nenhum arranhou. Mas que tola! Ela não ouviu a voz que gritava em seu interior para que ela não atravessasse a ponte, para que ela não estendesse a mão, para que ela não conversasse com ele tão de perto, para que ela não deixasse tocar a sua mão, para que ela não (...)
E hoje ela espera ansiosamente os seus sms, as suas mensagens que lhe trazem felicidade e afastam qualquer tristeza, os seus apelidos que ela detestaria ouvir repetidamente, mas como é dito por ele: ela ADORA. Os planos impossíveis que vezenquando eles fazem, a forma de como ele lembra cada detalhe que viveram, a voz dele quando repete as coisas que ela falou deixando-a abismada como ele guarda até as vírgulas que ela “dissera”, o olhar dele dentro do dela, o coração no ouvido, o primeiro beijo.
Tudo isso ela ainda espera.