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quarta-feira, dezembro 07, 2016

RESENHA – MANUAL DA MULHER SOLTEIRA


SINOPSE: A noção de que somos incompletas sem um marido ou namorado é amplamente difundida, mas em última análise é falsa. Em vez de procurar outra pessoa para completar partes suas que estejam abandonadas ou vazias, dedique um tempo da sua vida a completar essas lacunas você mesma, de modo que não precise de outra pessoa para se sentir completa e inteira. Dessa forma, quando estiver num relacionamento que não esteja dando certo, você conseguirá tomar a decisão de terminar sem que o medo de se sentir sozinha a mantenha presa numa situação ruim. A solidão - ou o medo dela - não é um bom motivo para permanecer num relacionamento insatisfatório. A solteirice, quando vivida do jeito certo, preenche qualquer vazio deixado por um ex-namorado ou ficante, ao mesmo tempo que atrai pessoas melhores no futuro. 

LIVRO: Manual da mulher solteira – um guia para amar e curtir – sozinha e acompanhada;

AUTOR: Elizabeth Koosed;
ANO: 2015;
EDITORA: Guarda-Chuva;
PÁGINAS: 272;
NOTA: 4/5;
LIVRO CEDIDO PELA EDITORA.

Quando eu era adolescente, por volta dos meus 13/14 anos adorava ler livros de autoajuda, estava começando a me apaixonar e entrando no mundo dos relacionamentos, um mundo totalmente novo para mim. Mas conforme o tempo foi passando e eu fui amadurecendo e tendo mais vivência nessa área eu parei de ler, acho que o último livro de autoajuda que li, tinha uns 20 anos.
Quando vi esse livro no catalogo da editora, eu logo de cara quis lê-lo. E não só por se tratar de um livro de autoajuda, mas porque estou solteira há três anos, e achei que seria bacana ler um livro que trata de um assunto do qual eu vivo há tanto tempo.

E posso dizer que comecei a ler o livro com a expectativa de encontrar nele as mesmas coisas que, estamos acostumados a ler na maioria dos livros desse gênero. Porém tive uma bela surpresa quando iniciei a leitura, logo no primeiro capítulo a autora já nos mostra o quão vantajoso é estar solteira.
O livro é basicamente sobre como devemos colocar o nosso amor-próprio em primeiro lugar em qualquer circunstância. Ele não é sobre como conquistar um namorado, mas sim em como ser feliz sozinha. Em como primeiramente devemos nos tornar o nosso melhor namorado, nos amando, nos levando para sair, nos presenteando, sendo gentil e apreciarmos a nossa companhia. Além de nos ensinar sobre empoderamento e em como nos conhecermos melhor.

Eu me apaixonei pela diagramação do livro. As páginas são mais grossas e as que dividem os capítulos são decoradas (super. fofas). Ao final de cada capitulo temos um quadro com o resumo das melhores partes e mais importante partes do capítulo, e para finalizar a autora nos trás uma história que aconteceu com ela.

Indico o livro a todas as mulheres (e homens), não só as solteiras, mas a todas. É uma leitura bem produtiva, que nos faz olhar a solteirice por outro ângulo, nos faz enxergar alguns pontos que às vezes não enxergamos e a quebrar alguns paradigmas e preconceitos. 


segunda-feira, novembro 14, 2016

Resenha - A garota que você deixou pra trás


LIVRO: A garota que você deixou para trás 
AUTOR: Jojo Moyes 
ANO: 2014
EDITORA: Editora Intrínseca 
PÁGINAS: 384  
SINOPSE: Durante a Primeira Guerra Mundial, o jovem pintor francês Édouard Lefèvre é obrigado a se separar de sua esposa, Sophie, para lutar no front. Vivendo com os irmãos e os sobrinhos em sua pequena cidade natal, agora ocupada pelos soldados alemães, Sophie apega-se às lembranças do marido admirando um retrato seu pintado por Édouard. Quando o quadro chama a atenção do novo comandante alemão, Sophie arrisca tudo a família, a reputação e a vida na esperança de rever Édouard, agora prisioneiro de guerra. Quase um século depois, na Londres dos anos 2000, a jovem viúva Liv Halston mora sozinha numa moderna casa com paredes de vidro. Ocupando lugar de destaque, um retrato de uma bela jovem, presente do seu marido pouco antes de sua morte prematura, a mantém ligada ao passado. Quando Liv finalmente parece disposta a voltar à vida, um encontro inesperado vai revelar o verdadeiro valor daquela pintura e sua tumultuada trajetória. Ao mergulhar na história da garota do quadro, Liv vê, mais uma vez, sua própria vida virar de cabeça para baixo. Tecido com habilidade, A garota que você deixou para trás alterna momentos tristes e alegres, sem descuidar dos meandros das grandes histórias de amor e da delicadeza dos finais felizes.

Em 1916 conhecemos Sophie Lefèvre, uma francesa que deixa Paris para viver no hotel da família em St. Perónne com seus irmãos Helène e Aurelien e sobrinhos, depois que seu marido o artista plástico Édouard Lefèvre foi convocado para lutar na 1ª Guerra Mundial. Sophie guarda com grande carinho e admiração um autorretrato feito pelo seu marido, ele fica exposto na sala de jantar do hotel. Em dado momento da Guerra os alemães utilizam o hotel para fazer suas refeições diárias, apesar das queixas de seus vizinhos, Sophie via isso como uma forma de ajudar sua família, podendo assim amenizar a fome que sentiam. Mas o que Sophie não esperava era que aquele autorretrato iria causar tanto fascínio em Herr Kommandant e que por conta disso ela acabaria entrando em um jogo de interesses que iria mudar completamente a sua vida.

Em 2006 na cidade de Londres, Liv Halston, tem pendurado na parede de seu quarto o quadro A garota que você deixou para trás que seu marido lhe deu de presente durante a lua de mel. Liv que no momento ainda vive o luto pela perda do marido à quase quatro anos, vê no quadro a melhor lembrança que se poderia ter dele. Na data da morte do marido Liv resolve sair para não passar aquela data sozinha e acaba indo a um bar gay, onde por ironia do destino sua bolsa é roubada, mas também onde conhece Paul McCafferty por quem sente uma grande atração. Mas mal sabe ela que conhecer Paul não seria uma surpresa tão agradável. Paul era o advogado da família Lefèvre que estava atrás do quadro que havia sido roubada durante a 1ª Guerra e tudo muda quando ele vê o quadro A garota que você deixou para trás no quarto de Liv.

E mais uma vez Jojo Moyes nos trás um livro com uma temática muito frágil e intensa. Esse foi o quarto livro que li da autora e mesmo assim continuo me surpreendendo com sua escrita e com a forma como consegue nos tocar diante de situações delicadas.

O enredo é todo construído em torno do quadro A garota que você deixou para trás. Na primeira parte tem como cenário a triste época da 1ª Guerra Mundial e na segunda parte os anos 2000. Sendo o mesmo muito bem desenvolvido durante a história e com um final de cair o queixo. Os personagens também são muito bem construídos, as protagonistas são bem parecidas, mulheres de personalidade forte e guerreiras, que vão até o fim para defenderem seus interesses, os personagens coadjuvantes da história também chamam bastante atenção um destaque todo especial a Mo, amiga de Liv. A primeira parte do livro é escrita em primeira pessoa, já na segunda parte do livro a narração é em terceira pessoa.

Gostei muito da leitura, livros que se passam durante a guerra sempre nos trás belas histórias. É uma história que te prende do inicio ao fim, devido aos absurdos que aconteceram durante a Guerra, pelo amor que Liv tem pelo quadro e para que tudo seja esclarecido e acabe bem. Apesar do cenário, trazer muita tristeza, miséria e todo o terror da guerra ele tem a mensagem de que nunca podemos desistir do que acreditamos.


QUOTE:

"Desconfio que o senhor e eu tenhamos definições diferentes da palavras valor." 

"Tentei me lembrar de quando eu tinha sido mais que uma coisa, quando até numa cidade cheia de alemãs eu tinha dignidade, inspirava algum respeito, mas era difícil. Meu mundo todo agora se parecia com aquele caminhão. Aquele chão frio de aço. Aquela manga de lã manchada de vermelho."

"Fiquei ali olhando para a garota e, por alguns segundos, me lembrei de como era ser ela, sem sentir fome nem medo, interessada apenas nos momentos que eu poderia ficar a sós com Édouard. Ela me fazia lembrar de que o mundo era capaz de beleza e que já havia existido coisas - arte, alegria, amor - que enchiam o meu mundo, em vez de medo, sopa de urtiga e toque de recolher. Vi Édouard na minha expressão. E então percebi o que eu acabara de fazer. Ele me lembrara d. minha própria força, que ainda restara dentro de mim para lutar."

"O que isso ensina a gente, Sr. Mc Cafferty, é que na vida há coisas muito mais importantes que vencer." 


segunda-feira, outubro 17, 2016

Resenha - Extraordinário



LIVRO: Extraordinário
AUTOR: R. J. Palacio
ANO: 2013
EDITORA: Intrínseca
PÁGINAS: 320
SINOPSE: August Pullman, o Auggie, é um garotinho que nasceu com uma síndrome genética que lhe causou uma grave deformidade facial, além de submetê-lo a várias cirurgias e longos períodos no hospital.
Por conta dos problemas de saúde, Auggie nunca frequentou uma escola, até que seus pais decidem que este momento chegou. Se para uma criança de rosto comum o primeiro dia na escola é uma experiência difícil, imagina para um garotinho cuja aparência chama atenção e causa espanto na maioria das pessoas!


“Se eu encontrasse uma lâmpada mágica e pudesse fazer um pedido, pediria para ter um rosto comum, em que ninguém nunca prestasse atenção. Pediria para poder andar na rua sem que as pessoas me vissem e depois fingissem olhar para o outro lado. Sabe o que eu acho? A única razão de eu não ser comum é que ninguém além de mim me enxerga dessa forma." — August Pullman.

Para provar que apesar da aparência incomum, ele é um garoto como qualquer outro, que toma sorvete e joga videogame, Auggie promove um grande manifesto em favor da gentileza, provando que, definitivamente, aparência não deve ser a única ou primeira coisa a ser considerada em uma pessoa.

“Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil." — Sr. Browne.

O livro é narrado sob a perspectiva de Auggie, alguns familiares e amigos, muito bem construídos. A escrita é simples, envolvente e emocionante. Cativa o leitor logo nas primeiras páginas. Conceitua muito bem valores de amizade, amor, gentiliza, aceitação, humanização e empatia.

Com uma proposta de leitura voltada para o público infantil e adolescente, Extraordinário é um livro forte, comovente e muito positivo. Mostra o lado cruel do que é o bullying e o preconceito e o lado suave da superação disso através da amizade. Quando o livro acaba a gente fica querendo saber o que aconteceu com o Auggie até os seus 100 anos. Um livro para ser absorvido por completo. 


quarta-feira, setembro 28, 2016

RESENHA - O Orfanato da Srta Peregrine para crianças peculiares.



LIVRO: O Orfanato da Srta Peregrine para crianças peculiares;
SÉRIE: O Orfanato da Srta Peregrine para crianças peculiares;
AUTOR: Ranson Riggs;
ANO: 2015;
EDITORA: Leya;
PÁGINAS: 336.
SINOPSE: Tudo está à espera para ser descoberto em 'O orfanato na Srta. Peregrine para Crianças Peculiares', um romance que tenta misturar ficção e fotografia. A história começa com uma tragédia familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada até uma ilha remota na costa do País de Gales, onde descobre ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato são muito mais do que simplesmente peculiares. Elas podem ter sido perigosas e confinadas na ilha deserta por um bom motivo. E, de algum modo - por mais impossível que possa parecer - ainda podem estar vivas.

O livro conta a história de Jacob um adolescente que trabalha na rede de mercados da família de sua mãe, ele odeia o seu emprego e já tentou de várias formas ser demitido, sem sucesso. O pai de Jacob está sempre em busca de um sonho que é publicar um livro, porém esse sonho sempre acaba dentro de uma gaveta.

Jacob tem uma ligação muito forte com o seu avô paterno Abe Portman, ele sempre contava ao neto, histórias mirabolantes e encantadoras de quando viveu no Orfanato da Srta. Peregrine, para onde foi levado durante a Guerra na Ilha de Gales. Conforme Jacob foi crescendo, as histórias de monstros e crianças com super poderes, foram perdendo o encanto. Depois que o vovô Portman faleceu, Jacob começou a questionar se tudo o que o avô relatava era verdade e foi então que resolveu ir até a Ilha em busca de respostas. E é ai que a aventura começa.

Não gostava de ler livros de fantasia mais confesso que, a cada vez que leio eu me apaixono mais e mais pelo gênero. Esse livro nos transporta para um mundo tão fantástico que nem eu acredito que seria possível.

Ransom Riggs criou um mundo tão espetacular que não há como não se apaixonar. Durante a leitura sempre me perguntava: “De onde vem tanta criatividade?” “ Será que ele ouvia histórias de seus avós parecidas com essa?” “Como ele conseguiu criar um mundo tão fantasioso e tão envolvente ao mesmo tempo?” Porque sério, esse livro é um os melhores que eu já li. Me apeguei tanto aos personagens, ao Jacob, que não tinha como não torcer por ele, O crescimento dele durante a narrativa foi incrível.

Recomendo a leitura a todos mesmo para quem não gosta muito do gênero, porque é surpreendente. A leitura tem uma pitadinha de terror, mas é quase imperceptível e tem muito suspense, romance e fantasia e a cada capitulo uma nova surpresa. E não podemos esquecer das fotos que ilustram cada personagem, fazendo com que nossa mente entre cada vez mais na história.
Eu só tenho uma critica, que é uma questão “técnica” e de gosto pessoal, como sou muito “neurótica” com as minhas leituras eu odeio parar no meio do capitulo, e os capítulos desse livro são extremamente longos.

QUOTES:

“ É a ele que você quer, não a mim. Não posso ser para você quem não sou."
“ Eu não sabia como chamar aquilo que acontecia entre nós, mas estava gostando. Era uma sensação tola, frágil e boa. “
“ Quando alguém não o deixa entrar, você acaba parando de bater. Entende o que quero dizer?"

“ Se eu nunca voltasse para casa, o que ficaria faltando?"

“ Eu a amava, é claro, mas em grande parte porque amar a mãe é obrigatório, não porque ela fosse alguém que eu achasse que gostaria muito se conhecesse andando na rua. O que ela não faria, de qualquer maneira; andar é para pessoas pobres."





quinta-feira, setembro 01, 2016

Resenha - Caixa de Pássaros




 
LIVRO: Caixa de Pássaros
AUTOR: Josh Malerman
ANO: 2014
EDITORA: Intrínseca
PÁGINAS: 272
SINOPSE: No seu romance de estreia, Josh Malerman traz na sua narrativa um empolgante e aterroziante thriller psicológico, em que os personagens precisam enfrentar algo que não pode ser visto. Algo completamente desconhecido e mortal. 

A história é contada por Malorie, alternando entre o presente e há quatro anos atrás, quando o caos se instala na Terra. Depois que a notícia de um violento ataque na Rússia, onde um homem arranca os lábios de um colega que lhe dava carona, com as próprias unhas, e depois se mata usando uma serra que estava na carroceria do caminhão, toma conta das redes sociais. Outros violentos ataques em outras partes do mundo viralizam a televisão e internet, gerando infindáveis teorias a respeito do que pode ter desencadeado tal comportamento nestas pessoas. Tudo que se sabe é que, o vislumbre de algo maligno e desconhecido fazia as pessoas enlouquecerem. Desta forma andar de olhos fechados passou a ser a única alternativa para sobrevier no mundo.

Depois da morte da irmã, Malorie vai até uma casa, onde encontra um grupo de sobreviventes que, vendo que ela está grávida, lhe dão abrigo. Porém, depois de incidente, onde todos os seus companheiros são brutalmente mortos, ela toma a arriscada decisão de descer o rio num barco, com seus dois filhos, de olhos vendados, em busca de sobreviventes e ajuda.

O livro tem uma proposta genial, pois o que causa mais medo no ser humano do que aquilo que não pode ser visto? O desenvolvimento da história e dos personagens é sensacional, prendendo você à leitura, gerando uma adorável angústia e tensão a cada capítulo. 

O livro não responde a principal pergunta que é: que coisa é esta que não pode ser vista que causa tanto mal ao ser humano? O que pode gerar certa frustração no leitor. 
Mas na minha opinião a falta desta resposta condiz perfeitamente com a proposta. A resposta dessa pergunta custaria a vida da personagem, além do que, Caixa de Pássaros é o tipo de livro que não pede uma continuação. Ele exige uma. 



quarta-feira, agosto 24, 2016

Resenha - O diário de Anne Frank



LIVRO: O Diário de Anne Frank.
AUTOR:  Anne Frank – Texto definitivo Otto H. Frank e Mirjam Pressler.  
ANO: 201.
EDITORA: BestBolso.
PÁGINAS: 378.
SINOPSE:  12 de junho de 1942 – 1º de agosto de 1944. Ao longo deste período, a jovem Anne Frank escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fim de longos dias de silêncio e medo aterrorizante, eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne inicialmente foi para Auschwitz, e mais tarde para Bergen-Belsen. A força da narrativa de Anne, com impressionantes relatos das atrocidades e horrores cometidos contra os judeus, faz deste livro um precioso documento. Seu diário já foi traduzido para 67 línguas, e é um dos livros mais lidos do mundo. Ele destaca sentimentos, aflições e pequenas alegrias de uma vida incomum, problemas da transformação da menina em mulher, o despertar do amor, a fé inabalável na religião e, principalmente, revela a rara nobreza de um espírito amadurecido no sofrimento. Um retrato da menina por trás do mito.


Anne Frank teve que se esconder com sua família em um anexo no escritório que o pai dela trabalhava para fugir dos nazistas. Durante quase dois anos eles viveram escondidos juntamente com outra família e um dentista. Alguns dias antes de irem para o anexo Anne ganhou um diário e foi nele que relatou toda a tensão que viveram enquanto estavam escondidos. No anexo eles sofrem com a possibilidade de serem descobertos, a comida era racionada, eles não podiam fazer barulho porque corriam o risco de escutarem, não podiam olhar pela janela, sem contar as crises de pânico que alguns dos moradores do anexo tinham sempre que pensavam na possibilidade de serem levados pelos nazistas.
Que livro maravilhoso! É engraçado usar esse adjetivo quando falamos de uma época de tanto sofrimento e medo. Mas a forma como Anne descreve os fatos, a fé e esperança que ela tem de que um dia tudo vai ficar bem novamente, e eles voltarão a ter uma vida normal, é simplesmente incrível.


Mesmo com tanta tragédia que eles sempre escutavam pelo rádio, ou até mesmo vivenciavam quando ouviam os aviões sobrevoando a cidade, as sirenes de alerta, sem saber ao certo o que realmente estava acontecendo fora do anexo, ela acreditava que um dia iriam acordar e tudo voltaria a ser como  antes, ela voltaria para a escola, reencontraria seus amigos e viveria como se aquilo tivesse sido um grande pesadelo.

Como toda história que se passa durante a guerra essa também mexeu bastante comigo, livros com essa temática me deixam angustiada e um pouco revoltada com tanta crueldade. O Diário de Anne Frank entrou para o hall de livros favoritos da vida. Se você gosta dessa temática recomendo bastante a leitura, inclusive por ser um livro com fatos reais.

Anne Frank no auge dos seus 13 anos nos dá uma lição de que não devemos nunca perder a fé e a esperança, por mais que estejamos passando por dificuldades é a fé nos mantém firme. Infelizmente essa história não teve um final feliz para Anne e a maioria dos moradores do anexo, somente seu pai Otto Frank sobreviveu a Guerra.  
Posso garantir com toda certeza que essa foi uma das resenhas mais difíceis de fazer, por isso peço desculpas caso a resenha ficou um pouco desconexa. 


quarta-feira, maio 25, 2016

Resenha: Por Lugares Incríveis - Jennifer Niven


O livro conta a história de Theodore Finch e Violet Markey, dois jovens completamente diferentes, que viram na morte o caminho para aliviar as dores de seus traumas. 

Violet é uma garota popular, que perdeu a irmã mais velha em um acidente de carro. Além da dor e o vazio, ela ainda carrega a culpa pelo que aconteceu. Por esta razão, abandona seus hobbies e passa a contar os dias invés de vivê-los com plenitude. Finch teve uma infância difícil no ambiente familiar, tem um comportamento atípico e, por isso, acaba sendo alvo de piadas e apelidos na escola. 

Os dois têm seus caminhos cruzados quando, na torre do sino do colégio, se encontram prestes a pular. A partir deste momento, aqueles que buscavam na morte uma solução, encontram um no outro motivos para seguirem vivendo. 

Finch e Violet iniciam uma jornada pelo estado onde moram, para fazer um trabalho de geografia. Pela aproximação acabam criando um laço de amizade muito forte, compartilhando segredos, sentimentos e medos de uma forma muito espontânea e verdadeira.

Compreender a dor de Violet e apaixonar-se por esta personagem é fácil. Mas compreender os sentimentos de Finch é um tanto complicado, embora apaixonar-se por ele seja algo inevitável. Certamente é o tipo de pessoa que eu teria gostado de encontrar.

O tema central do livro é o suicídio na adolescência, mas os outros temas que orbitam em torno deste, como bullyng e depressão me levaram a refletir na importância de enxergarmos com mais generosidade e altruísmo as necessidades daqueles que estão à nossa volta. 

Tocante e apaixonante, Por Lugares Incríveis se tornou um dos meus favoritos.

Resenha por Viviane Marinheiro.

quinta-feira, março 24, 2016

Resenha - Como Eu Era Antes de Você - Jojo Moyes


Bom, como o próprio título do livro sugere, a história trata de um romance com direito a suspiros e lágrimas - muitas lágrimas. Mas se engana quem pensa que vai ler apenas mais uma história de amor. Como Eu Era Antes de Você vai marcar a sua vida para sempre, pois trata de um assunto extremamente delicado e muito difícil de ser abordado. 

Louisa Clark (a Lou), a protagonista, é uma jovem de 26 anos, sem muitas ambições na vida, que mora com os pais, a irmã mais nova e o sobrinho. Ela trabalha num Café, como garçonete, há muitos anos. Quando o dono do Café decide fechar o lugar, Lou tem que procurar um novo emprego, já que a família depende da sua contribuição financeira. Depois de muitas tentativas mal sucedidas, aceita a vaga de cuidadora de um deficiente físico, Will Traynor. Will é um homem rico e bem sucedido, que aos 35 anos tem a vida mudada depois de um acidente que o deixou tetraplégico. O que o tornou frio, irritado e distante. 

No início, os dois definitivamente não se dão bem. Mas Lou consegue cativar Will com seu jeito espontâneo e irônico e suas roupas coloridas. Quando Lou descobre o motivo pelo qual foi contratada, a protagonista começa uma empreitada, que rende momentos maravilhosamente singulares a ambos, a fim de fazê-lo mudar de ideia. 
O livro aborda um tema polêmico, mas a narração da autora impede que façamos qualquer tipo de julgamento a respeito das escolhas feitas pelos personagens. E até concordar que o final escolhido por ela foi de fato o melhor. 

Se eu chorei? Sim, e não foi pouco. Certamente este foi um dos livros que mais me marcou. Ele me fez mudar a forma de compreender e valorizar a vida.

Resenha por Viviane Marinheiro.