terça-feira, agosto 23, 2016

Quero um amor bem clichê, e aí aceita?




Eu tenho pensado tanto em você, que não tenho mais a menor dúvida do quanto estou apaixonada. Desde o momento do primeiro encontro só tens me dado motivos de poder em ti finalmente confiar. E me pego querendo viver uma lua de mel em Vegas mesmo que não sejamos casados. É vontade de comer algodão doce no topo de uma roda gigante depois de um beijo roubado. É querer receber serenatas de amor à meia noite em minha janela, é desejar ouvir você declamar os poemas mais piegas na saída da faculdade.

É vontade de ir para o cinema de mãos dadas e não sentir inveja dos protagonistas apaixonados porque nós ganhamos deles sem a menor sombra de dúvidas. É de beija-lo ternamente com toda minha paixão, é encher sua timeline de recadinhos do tipo eu te amo e já estou com saudades. Eu que sempre fui 101% racional, estou querendo me perder em meio aos nossos desejos, e te jurar um amor eterno mais infinito do que o que Romeu jurou a Julieta.

Então foi quando mais eu desejei que todas as flechas do cupido me atingissem certeiramente que eu te conheci. E você olhou para mim e me disse: 

O que falta em você moça, para carregar tanta tristeza em seu olhar?  Então lhe dei aquele sorriso amarelo, respirei fundo e te respondi:
Há moço, me falta um pouco de tudo.

Você retribuiu o sorriso e soltou aquelas palavras. Exatamente as palavras que eu precisava ouvir. 

NUNCA SEREMOS COMPLETOS, SEMPRE FALTARÁ ALGUMA COISA.
Então te expliquei um pouco envergonhada e em meio a um pedido de desculpas, o motivo de minhas tristezas.

É que antes de você alguém já veio, e ao sair ele levou toda a minha essência e a pureza de meu coração. E em sua partida, me deixou assim, vazia, desacreditada, em pedaços. Para minha surpresa você rebateu, e me respondeu com outra pergunta.

Você sabia que meu jogo preferido é o quebra-cabeças? 

Meio catatônica tentando assemelhar o que um jogo tinha haver com o meu coração partido, não soube exatamente o que lhe responder. E então foi quando você pegou levemente em minha mão e me disse:

Não tenho pressa, apenas me deixe ajuntar os pedaços!
Há moço, por onde tu andavas enquanto eu desabava?  E pela primeira vez, depois da bagunça que se encontrava a minha vida, eu descobri que podia realmente acreditar naquelas palavras, e então lhe agradeci com um obrigado! E aí fora sua vez de não me entender, e prontamente me indagou o porquê do agradecimento.  
 
É simples moço, o mundo muitas vezes girou, coisas mudaram aleatoriamente, mas em fim chegamos aqui. E sinto que dessa vez tudo permanecera intacto ao invés de pedaços. 

E foi nesse exato momento que nós dois sorrimos e por dentro dissemos sim

fotografia: maud chalard.
 

7 comentários:

  1. Eu ainda tenho a esperança de que irei encontrar alguém para montar o meu quebra-cabeças, alguém que não desista no primeiro empecilho. Amei seu texto Rê, me vi um pouco nesse texto. também estou desacreditada mas logo encontrarei alguém que me faça acreditar novamente ;)

    Beijos

    ResponderExcluir
  2. Obrigada pelas palavras lindas, e não deixe que um babaca defina o quanto vale amar e se perder nesse amor, só fica na nossa vida quem realmente deve ficar, o resto? É apenas resto, e nada nos acrescenta, então não desista nunca de encontrar sua felicidade, porque um dia nos deparamos com aquele que está disposto a montar o nosso quebra-cabeças. Beijão <3

    ResponderExcluir
  3. O texto da Rê é daqueles que dá vontade de suspirar. Engraçado que me vi escrevendo cada linha. Muito bom te ter aqui, querida. Maravilhoso esse nosso encontro. Essa minha descoberta. ♥

    ResponderExcluir
  4. Pâm, você veio pra lacrar o meu 2016, que nossa parceria dure muito, muito e muito, extremamente feliz e honrada por fazer parte <3

    ResponderExcluir
  5. Pâm, voltando pra ver seu blog que láááá em 2010 eu conheci! :)
    Texto lindo! Parabéns, Rê! bjs pra vcs!

    ResponderExcluir
  6. Pâm, voltando pra ver seu blog que láááá em 2010 eu conheci! :)
    Texto lindo! Parabéns, Rê! bjs pra vcs!

    ResponderExcluir