Era bonito o rabisco no papel, o poema da madrugada, a melodia inspirada e os suspiros ofegantes.
Era bonito o ciúme, a saudade e o sentir.
O brilho nos olhos e o sorriso no canto da boca, era a entrega para qualquer disfarce torto.
Era tão tanto, que de tanto ser chegava a doer.
Era muito além de um simples gostar. E como era!
Era, talvez, um oceano de sentimentos múltiplos, de desejos à flor da pele, sem maldade alguma.
Eram duas vidas envolvidas por um destino maluco e com sua total razão de ser.
Mas o tempo, o senhor do destino, teve a força de tudo modificar.
O que será que ficou?
O que será que será?
Por está no tempo a pegadinha que a gente não espera e o risco sábio que a gente corre.
Quando eu quiser lembrar, olharei na direção das estrelas para fazer os versos que nunca me encorajei a escreve-los.
Quando eu quiser lembrar, observarei a lua, ouvindo o barulho da saudade estúpida sussurrando em meu ouvido.
Quando eu quiser te ter, fecharei os olhos, para em pensamentos te sentir.
Quando eu me arrepender, vou perceber que minha vida não teria o mesmo sentido se não existisse você.
Em destinos opostos, fomos história em algum sentido da vida.
Tivemos sentido nos encontros e nos tantos desencontros outros.
E seguimos. Sim, seguimos!
A vida só nos permite ter o que realmente for para ser nosso.
Aceitar o que a vida desenha sem deixar de colorir é um aprendizado constante.
Cada destino com sua sorte.
Assim como as canções, que mesmo falando de amor, cada uma tem sua letra e melodia.
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