A janela não denuncia que o Sol há muito se aproxima, mas os pássaros insistem em avisar que o dia já está nascendo. Olho para o relógio sobre a cabeceira e vejo os ponteiros se movimentarem preguiçosamente e acredito, talvez, que ele seja nosso cúmplice e queira estender um pouco mais o nosso encontro. Tudo que me cerca é de alguma forma familiar, apesar de não ter objetos meus, sinto que até o travesseiro se molda ao meu desejo de ficar. A respiração dele é tão calma, tão serena que me leva a imaginar o que se passa em seus sonhos. Não desejo que ele acorde, não naquele momento, quero apenas observá-lo. E assim faço.
O dia, aos poucos, anuncia sua chegada pelas frestas da janela
sem persianas do quarto dele. Estou sonolenta e perdida em meus pensamentos.
Queria, de alguma forma, parar de existir para o mundo e viver somente aquele
instante. Como se pudesse envolver nossas vidas em uma redoma de vidro e
recriar as nossas vidas ali. Sem trânsito, sem trabalho, sem os estudos que me
deixam tão distante dele. Só queria.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirE é essa a cena dos meus dias ao lado dele, foi exatamente assim, na última noite que passamos juntos antes da minha viagem de volta. Fomos dormir tarde, eu, organizando as coisas e ele comigo. Eu, inquieta, com aquele dorzinha no coração na despedida do dia seguinte.
ResponderExcluirAcordei antes do amanhecer e fiquei assim, quieta, observando-o dormir, tranquilo e a saudade já tomando conta de mim.
Odeio despedidas, mas o nosso reencontro é melhor do que toda saudade que fica!
Lindo texto, como sempre.
Beijo sabor jujuba vermelha, Pam!
:*
Este blog é lindo demais!
ResponderExcluirTeu texto transborda amor, doçura e vontade de cuidar <3 ~ AMEI MUITO.
ResponderExcluirPosts sempre lindos moça.
ResponderExcluirBoa noite. "_"