"Sou sua mas não posso ser
Sou seu mas ninguém pode saber
Amor eu te proíbo
De não me querer."
— Nando Reis.
Sou seu mas ninguém pode saber
Amor eu te proíbo
De não me querer."
— Nando Reis.
Preciso falar contigo — ela falou. O diálogo fora ensaiado por dias, ou melhor, por meses. Pensava que poderia convencê-lo que o seu lugar era ao lado dela e que os destinos realmente estavam entrelaçados. Olhava pela janela e observava a liana que envolvia majestosamente a goiabeira de folhas vívidas e frutos saborosos, e pensava — como ele pode não se comover com o que sinto. E tentava conversar com os olhos, porém achava que ele não conseguiria enxergar o que havia ali.
Silenciou.
Seus argumentos não são válidos — dizia sistematicamente. E ela não entendia e gostaria - sinceramente -, saber o que precisa fazer para que ele acreditasse. Fechou os olhos e suspirou. Mentalmente dizia: "sou sua, mas não posso ser." E ela queria que ele entendesse o que os olhos dela lhe gritavam, mas o amor nem sempre é bem aceito. Ela tentou diversas vezes falar e quantas outras deu espaço para que houvesse uma aproximação. Todas erradas e sem jeito.
Todas.
Silenciou.
Seus argumentos não são válidos — dizia sistematicamente. E ela não entendia e gostaria - sinceramente -, saber o que precisa fazer para que ele acreditasse. Fechou os olhos e suspirou. Mentalmente dizia: "sou sua, mas não posso ser." E ela queria que ele entendesse o que os olhos dela lhe gritavam, mas o amor nem sempre é bem aceito. Ela tentou diversas vezes falar e quantas outras deu espaço para que houvesse uma aproximação. Todas erradas e sem jeito.
Todas.
Acendeu um cigarro e serviu uma dose de wisky e com voz de deboche lhe indagou: "por que insiste em me procurar sem ter nada a dizer". E doeu. Talvez a resposta estivesse implícita em seus olhos que insistiam em chover. Ou talvez estivesse nas mãos inquietas que insistiam em estalar os dedos. Ou estivesse ainda no bater de pés descompassados em seu assoalho de madeira.
Havia tantas razões explícitas e tantas outras guardadas ali dentro dela. E ele tomava despreocupadamente a sua bebida e fitava o nada. A parede pintada de branco, o gato siamês que estava deitado sobre a cama e até mesmo o carteiro que passava na rua parecia ser mais importante. E mais uma vez os olhos dela transbordaram e as chances que eles tinham escorreram pelas mãos (de ambos).
Ameiiii Melzinha, amei ♥
ResponderExcluirTalento transbordando nas linhas.
Beijo doçura.
Porque muitas vezes precisa ser assim né? Todos tentam, mas é impossível entender o amor, só quem realmente sente é capaz de conhecer um pouquinho do que ele é capaz! É transformador... Amei o texto! ;*
ResponderExcluirhttp://andreakopper.blogspot.com.br/