"Faz um bom tempo que a vontade de escrever e de poetizar se resume a você."
Caio F.
Caio F.
Tive vontade de esmagá-lo contra a parede. Assim, com violência, como quem deseja ardentemente encurralar alguém. Efêmero. Quis apenas alguns centrímentos distante de tua boca, o suficiente para que sentisse o ar quente umedecendo os meus lábios. Embora as minhas pernas estivessem trêmulas cobiçava o teu gosto. E olhando os teus olhos confusos esboçei um sorriso de canto, convidativo. E enquanto os meus olhos, minhas mãos e todo o meu corpo te convidava a morar em mim, sentia minha cabeça pensar e pesar tudo o que viria depois: o abandono, o desespero, a saudade e, inevitavelmente, a dor. Esta que amarga, que me enlouquece e me prova cada vez mais que nada tenho de ti. Nada. Nenhuma palavra, um gesto -, apenas as minhas alucinações. Afastei-me e chorei.
Por alguns poucos minutos de coragem eu estive preparada para o que viesse. Para o não do outro dia, a indiferença e o telefone que continuaria mudo lá. Eu estava preparada para qualquer coisa, um pouco porque não aguento mais esperar que você me note ou deseje estar próximo a mim. Desejava que os meus olhos não me traissem, não revelassem que eu morro um pouquinho a cada dia que se passa, porque eu me sinto desnecessária em tua vida. Como se nunca tivesse existido para você e sofro. E estes meus sonhos tornaram-se tão constantes que desejo que à noite se aproxime logo para te encontrar.
Desejava ser urgente para ti, assim como tu és para mim. Mas sei que não sou e por saber que não há brechas, nunca houve margem e não possuo sequer o direito de reivindicar alguma coisa me isolo. E assim, submissa a ti, te desenho perfeitamente do modo que gostaria que fôssemos um ao outro, sem reservas, apenas sendo. E meu coração tão fatigado já não sabe qual caminho deve seguir, porque sinceramente, eu já não espero nada de você. Desejo apenas arrancar você daqui de dentro. E isso, nada mais é, do que a pura verdade.
Olhe. Se eu pudesse te dizer tudo o que penso em relação a você, a nós, diria que os dias tornaram-se azuis desde que te conheci. Que respirar tornou-se mais fácil e que amar agora me é macio. Mas, abstenho-me a dizer: amar você foi bom, mas eu arranco definitivamente, ou tento, a partir de hoje.
É, bonito. É o fim.
Eu nem sei o que dizer/como comentar tudo isso.
ResponderExcluirApesar de triste, muito bem e muitissimo bem escrito.
Estou aqui, com os sentimentos revirados.
Um Beijo.
Sabe o que é pior?
ResponderExcluirNunca haverá outro amor assim.
Nunca.
Bjos
Essas coisas de amor são estranhas... complicamos tanto e tudo se torna tão grande diante de nós.
ResponderExcluirÉ faca de dois gumes, prazer e dor...
Arrancar vai doer, mas a dor passa, sempre passa.
Beijo, Pâm.
Caio sempre arraza *---*
ResponderExcluiro texto esta muito bom mesmo
bejos
Você, sempre me fazendo suspirar ao lê-la, Mel.
ResponderExcluirAmay as palavras.
Tuas e do Caio.
Besitos.
Começar com Caio já é louvável, e suas palavras são ainda mais.
ResponderExcluirLindo texto, triste, por isso ainda mais belo.
Beijos