A gente passa por cada decepção nesta vida e até chega a pensar que não aguentará e que morrerá de desgosto. Mas a gente não morre, a gente supera, a gente cria cicatrizes e aprende a não ser tão bobo. Aprende a olhar melhor o outro, a reparar com calma e extrair a verdade dos olhos e da fala.
Já morri de amor tantas vezes. De desgosto muito mais. A vida é assim: morte e ressurreição. Nesse mundo de desilusão a gente é fênix, minha gente. A gente sempre ressurge das cinzas. A gente sempre levanta do tatame e recomeça, pois a batalha não acaba em uma luta. Não é um round que define os nossos caminhos.
Tantas vezes eu morri de amor. Tantas vezes eu morri de desgosto. E hoje eu olho para cada cicatriz e relembro os lugares que passei. Olho com pesar e gratidão para cada pedrinha que me fez tropeçar. A gente cai e pragueja, mas lá adiante a gente agradece. São as quedas que nos tornam fortes. São elas que nos direcionam ao caminho certo. Cair dói. Isso é indubitável. Permanecer no chão, beijando o solo, acariciando a pedra, é opção nossa.
A gente tem a mania besta de cutucar a ferida para que ela não sare. Porque a gente tem medo de não ter mais machucado para cuidar. A gente faz dos ferimentos “bichinhos de estimação”, porque é mais fácil conviver com uma ferida antiga. A gente tem medo de se machucar de novo, então nos abraçamos aos machucados antigos.
Então, para hoje, eu só peço que cada baque nos torne pessoas mais atentas, que cada tombo nos fortaleça um pouco mais. Decepções são involuntárias. A gente não tem controle sobre as ações das pessoas. O que nós podemos fazer é decidir como reagiremos a elas. Que a gente reaja sempre muito bem. Amém.
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