Quando sento à mesa, penso em quantos jantares ainda compartilharíamos, nas conversas e nas fofocas governamentais que costumávamos fazer. Imagino como seria bom dividir uma carona para o trabalho, agora que temos o mesmo horário, ou almoçar de vez em quando para matar a saudade da sua presença. Esses "ses" me consomem, lembrando das coisas bonitas que viveríamos juntos e dos sonhos que tínhamos a compartilhar. Às vezes, minha mente diz que você me ignora porque me despreza, outras vezes, que tenta se distanciar porque a dor é tão intensa quanto a minha.
Já não te espero mais como antes, e peço desculpas por isso. Também me desculpo por não conseguir tirar você da minha mente e do meu coração. Às vezes, lembro de você me dizer que me amava, e continuo acreditando que foi real. Recentemente, uma amiga comentou sobre minha reação ao ouvir o áudio em que você dizia que me amava. Ouvi umas dez vezes, tentando entender, mas ouvir isso da sua boca, frente a frente, foi tão único e bonito. Nunca pensei em disputar quem diria isso primeiro; foi você quem o fez, como tantas outras coisas lindas.
E sim, eu te amo da mesma maneira, mas é uma dor profunda. Não sei o que fazer com esse amor que carrego no peito, nem com a bagagem que você deixou ao sair da minha vida. Hoje, essa dor está forte, e eu nem posso ter seu abraço para me consolar e me fazer acreditar que fui especial pra você. Só queria dormir e acordar desse pesadelo, com você na minha frente, dizendo que está tudo bem.
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