Recomeçar é sentir o frio da madrugada e, ao mesmo tempo, a chama quente da
renovação acendendo no peito. É quando a vida nos oferece a chance de ser
fênix, de renascer das próprias cinzas, mais forte e mais sábio. É o instante
em que aceitamos que as cicatrizes são mapas, traçando o caminho percorrido,
mas que não definem o destino.
Cada recomeço é uma dança entre o passado e o futuro, um bailado de
esperanças e incertezas. É o momento de acolher o desconhecido, de abraçar o
inesperado, de se lançar ao vazio com a certeza de que as asas se abrirão no
momento certo. É a arte de se permitir ser vulnerável, de encontrar beleza nas
imperfeições e de acreditar que o melhor ainda está por vir.
Recomeçar é ouvir o sussurro do coração e seguir adiante, mesmo quando os
passos são incertos e o caminho parece nebuloso. É encontrar força no amor-próprio,
na coragem silenciosa que nos move, na fé inabalável que temos em nós mesmos. É
ser jardineiro da própria existência, semeando sonhos e cultivando realidades,
sabendo que cada flor que desabrocha traz consigo a promessa de um novo começo.
E assim, recomeçar é mais do que um ato; é uma celebração da vida em sua
forma mais pura. É um tributo à resiliência humana, à capacidade infinita de se
reinventar e de encontrar, em cada final, um novo ponto de partida. Porque
recomeçar é, afinal, a eterna jornada de se redescobrir e de se permitir ser,
sempre, uma versão melhor de si mesmo.
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