Maria
Bethânia recita que cartas de amores são ridículas. Sorrio enquanto
ridiculamente me deixo colocar no papel o que povoa os meus pensamentos e
cresce em meu peito. A verdade é que você vem crescendo dentro de mim com a
mesma facilidade que um grão de feijão tem de germinar em um algodãozinho de
tarefa escolar. Naturalmente e sem pretensão alguma.
Desde que você chegou tenho observado a vida por um prisma diferente. A tua voz mansa acalma esse meu coração irrequieto, os teus sonhos compartilhados me levam a uma arquibancada com pompons e gritos de guerra tal qual animadoras de torcida e a tua disciplina me inspira a querer ser melhor para mim para o mundo.
Olhar para o meu interior não me causa estranhamento, porque a leveza que me abraça quando estou contigo me convence que mereço todo o afeto e atenção que me dedicas. Tudo em você é bonito, cheio de cor e pertencimento. Ainda que tantas vezes eu tenha que lutar contra a minha mente sabotadora que insistes em dizer que a felicidade não é para mim.
É bonito me ver dentro dos teus olhos de piscina e saber que há reciprocidade no sentir e mais belo ainda é saber que se antes eu sonhava com teus beijos hoje posso tê-los para mim.
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