Em parceria com a escritora Maria Fernanda Probst
Fico acordado noites inteiras
Os dias parecem não ter mais fim
[Seguindo Estrelas – Paralamas do Sucesso]
Devia ser o oitavo cigarro. Eu deixei queimar uns três ou quatro e só absorvi o aroma, mas depois disso não resisti e fumei um atrás do outro até que a consciência pesasse e eu me detestasse sem fim. É sempre desse jeito quando a insônia rouba minha pseudo-felicidade; enlouqueço com tanto silêncio, enlouqueço com tanto sonho perdido, com tanta gente ressonando e dormindo tranquila, enquanto eu fico aqui fodido e acordado e pensando em você sei lá quantas vezes.
Já faz vinte e três dias desde que tu recolhestes umas calcinhas da gaveta e jogasse fora tua escova de dentes e sussurrasse um ‘sinto muito’ tão sem sentir que me dói só de lembrar. Depois que você bateu a porta da sala, eu voltei a consumir um maço de cigarro inteiro por dia, mas fica tranquila, metade eu deixo só queimar. Não trago. Não quero tragar. A barba eu deixei por fazer e ela cresceu os vinte e três dias que se passaram e ao me olhar no espelho eu vejo nítida a mudança que a tua partida deixou aqui. ‘tá tudo bagunçado.
Talvez amanhã no vigésimo quarto dia eu pare para pensar na merda que ando fazendo com a minha vida e queira olhar o Sol lá fora e não mais pelas frestas da janela. Só que agora eu quero afundar no sofá da sala e me entregar a essa tristeza que insiste em me consumir. Só que pode ficar sossegada, não há o que se preocupar. Como dissestes já sou bem crescido e não preciso de babá, mas se ainda quiseres podes vir aqui cuidar de mim. É só um apelo, ou melhor, é uma brincadeira. Dessas que a gente faz com um fundinho de verdade. E quem sabe no vigésimo quinto dia a minha barba esteja bem feita, o terno alinhado e a vontade de ter você aqui comigo já não seja tão urgente.
Já faz vinte e três dias desde que tu recolhestes umas calcinhas da gaveta e jogasse fora tua escova de dentes e sussurrasse um ‘sinto muito’ tão sem sentir que me dói só de lembrar. Depois que você bateu a porta da sala, eu voltei a consumir um maço de cigarro inteiro por dia, mas fica tranquila, metade eu deixo só queimar. Não trago. Não quero tragar. A barba eu deixei por fazer e ela cresceu os vinte e três dias que se passaram e ao me olhar no espelho eu vejo nítida a mudança que a tua partida deixou aqui. ‘tá tudo bagunçado.
Talvez amanhã no vigésimo quarto dia eu pare para pensar na merda que ando fazendo com a minha vida e queira olhar o Sol lá fora e não mais pelas frestas da janela. Só que agora eu quero afundar no sofá da sala e me entregar a essa tristeza que insiste em me consumir. Só que pode ficar sossegada, não há o que se preocupar. Como dissestes já sou bem crescido e não preciso de babá, mas se ainda quiseres podes vir aqui cuidar de mim. É só um apelo, ou melhor, é uma brincadeira. Dessas que a gente faz com um fundinho de verdade. E quem sabe no vigésimo quinto dia a minha barba esteja bem feita, o terno alinhado e a vontade de ter você aqui comigo já não seja tão urgente.
adoro infinitivamente essa parceria. Temos que repetir mais mil vezes *-*
ResponderExcluirBeijo doçurinha minha ♥