Sobre a autora

Ilustração da Mônica Crema.

Sou vários sonhos em um frasco que transborda. Às vezes não entendo os meus caminhos, as decisões que preciso tomar, mas continuo caminhando sem medo. Desde pequena trago comigo o desejo de ajudar as pessoas, sonhava em ser psicóloga e devido a um percalço em meu caminho acabei me formando em administração. O sonho adormeceu por alguns anos, mas aos poucos o vejo despertar.

Quem é Pâmela Marques? É uma pergunta que sempre me faço diante do espelho. Eu sou meus medos, a minha valentia diante do perigo, sou a mão que afaga quem necessita de cuidado, a voz que repreende aquele que precisa de discernimento. Não me formei em psicologia, mas aos poucos me vejo dentro dessa profissão - sem querer me igualar aos que estudaram é óbvio - cada vez que escrevo um texto e dou a direção da vida a alguém, quando eu abraço quem não conheço através das minhas palavras e acendo um pouco de fé em suas vidas.

Eu sou aquela que muito deseja ajudar, porque a minha alma sobrevive devido a isso. Jamais poderia desejar outro ofício a não ser auxiliar quem necessita, dar alento aos que sofrem e palavras de sabedoria àqueles que se veem diante de situações sem soluções. Aqui eu poderia dizer as minhas qualificações, as formações acadêmicas que possuo, os prêmios que já ganhei, mas eles nada dizem realmente sobre a minha essência. Eu sou o meu caminhar diário, o meu desejo de bom dia, a minha felicitação de aniversário, o meu desejo de sucesso. Eu sou minhas palavras.

Eu nasci em uma família de origem humilde do interior do Maranhão. Eu sou meus avós, meus pais e a família que muito lutou para ter tudo o que tem, que venceu na vida, sou meu avó que trabalhou por anos no garimpo e depois se estabilizou com seu mercado, sou meu pai que veio a Brasília tentar a sorte igual ao João de Santo Cristo, só que diferente dele realmente teve sorte e construiu sua vida, seu pequeno 'império', sou a minha mãe e minha avó que trazem a doçura do amor nas palavras, na doce voz, no bonito jeito de caminhar.

Eu me vi escrevendo a partir daí. Desde o momento em que fui inserida nessa família maravilhosa, meus olhos escreviam desde a tenra infância, antes mesmo de saber rabiscar qualquer palavra, escrevia na mente, com as situações e lembranças doces que desenhavam diante de mim. Escrevi quando me vi sendo uma roteirista de quadrinhos, quando me apaixonei pela Turma da Mônica, quando me vi apaixonada por How Do You Do do Roxette. 

Talvez você me diga: você não virou escritora em 26 de maio de 2013? Seguramente eu te digo que não. Eu escrevo desde que meu coração aprendeu a amar e limpar a minha gaveta foi apenas a consequência da história de que Deus já havia escrito para mim.


Um comentário:

  1. Linda essa "Pankeka".
    Amiga, "cantera", ela puxa a orelha, gosta de escutar e ser escutada.
    A AMO.

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